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Um governo de ação

mick y

Calma gente, estou falando do governo do Paraná, não daquele governo bêbado – bebidas pagas com o cartão corporativo, naturalmente – e cambaleante lá de Brasília.

Parabéns primeiramente ao Doutor Saint Clair Honorato, Ao secretário estadual de meio ambiente, Lindsley da Silva Rasca Rodrigues e ao coordenador de resíduos sólidos da secretaria estadual de meio ambiente Laertys Dudas por darem uma surra nos supermercadistas paranaenses que ainda se recusam a ver a luz.

Eles distribuem no Paraná mais de 1 bilhão e 200 milhões de sacolas  mensalmente e mesmo com uma solução encontrada em 2005 – por nós da FUNVERDE com o projeto sacolas ecológicas oxi-biodegradáveis – e apoiada pelo governo estadual e pelo ministério público, se recusam a fazer a sua parte.

Bem feito pela multa, espero que chegue ao teto de 50 milhões – a multa pode ser de 50 mil a 50 milhões –, esse pessoal tem que entender que a humanidade não tem mais tempo para ficar parada, ou fazemos alguma coisa pela gestão de resíduos ou a humanidade vai se extinguir no meio do lixo gerado por ela própria.

Para o deputado safado edgar bueno, é uma ótima lição, saia de cima do projeto que o senhor está sentado desde março do ano passado, quando o senhor solicitou vistas ao processo e não devolveu mais, a mando da indústria petroquímica, impedindo o Paraná de evoluir, de passar a lei que obriga a utilização de sacolas oxi-biodegradáveis em todo o estado.  

Apesar de todos os laudos nacionais e internacionais, o senhor, sabe-se lá porque – eu sei, mas como todo mundo também sabe não preciso dizer – está impedindo a aprovação deste projeto.Essa sua ação demonstra que o senhor não tem caráter, e muito menos compromisso com a sociedade que o elegeu, age em prol das indústrias que não se interessam por nada a não ser lucro desenfreado.Mais comentários no meio do texto.

Agência estadual de notícias de 14 de fevereiro de 2008

IAP multa supermercados em mais de R$ 200 mil

As redes de supermercados WMS Supermercados do Brasil (que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama), Companhia Brasileira de Distribuição (do qual fazem parte as lojas Pão de Açúcar e Extra) e Carrefour foram multadas nesta quinta-feira (14). Cada uma foi autuada em R$ 70 mil por não apresentar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e ao Ministério Público do Paraná alternativas para a substituição das sacolas plásticas distribuídas em suas lojas.

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou nesta quinta-feira (14) as redes de supermercados WMS Supermercados do Brasil (que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama), Companhia Brasileira de Distribuição (do qual fazem parte as lojas Pão de Açúcar e Extra) e Carrefour. Cada rede foi autuada em R$ 70 mil por não apresentar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e ao Ministério Público do Paraná alternativas para a substituição das sacolas plásticas disponibilizadas em suas lojas. Se somadas, as multas totalizam R$ 210 mil.

“Estas foram as primeiras multas”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. “E caso as redes não apresentem propostas nos próximos 30 dias, o valor da multa será triplicado”, alertou. Segundo ele, também será desencadeada uma ação no interior do Estado buscando alternativas para o passivo ambiental gerado pelas 80 milhões de sacolas distribuídas mensalmente nos supermercados paranaenses – o equivalente a 53 toneladas de plástico.

Aí tem um ponto que discordamos, porque temos informações do próprio sindicato dos plástico do Paraná que a quantidade de plástico distribuída somente pelos supermercados ultrapassa a casa dos 1 bilhão e 200 milhões de sacolas, mas é claro que eles não podem dizer isso para o ministério público porque ninguém é obrigado a recolher provas contra si mesmo.

Para Rasca, é triste ter que registrar a falta de compromisso deste segmento. “Alguns deles não querem fazer aqui o que fazem em outros países”, comentou o secretário, fazendo referência às redes Wal Mart, que recentemente passou a distribuir sacolas oxibiodegradáveis em todas suas lojas na Argentina, e Carrefour, que disponibiliza dois tipo de sacola (oxibiodegradável e de pano) em seus estabelecimentos na França.

Isso quer dizer que estes supermercados nos acham menos evoluídos que os americanos e europeus? E vai me dizer que você ainda vai continuar comprando em um supermercado que te considera consumidor de segunda categoria? Hmmm …

De acordo com o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público, Saint-Clair Honorato Santos, esta é uma ação inédita no Brasil. “A autuação foi um passo realmente importante na questão dos resíduos sólidos urbanos e uma demonstração de que as empresas têm que ter responsabilidade ambiental”, destacou. “Certamente deverá repercutir em todo o território nacional esta iniciativa de proteção ao meio ambiente”, acrescentou.

Espero que o Dr Saint Clair fique ainda muitas décadas à frente da CAOP, porque eu desafio qualquer um a me mostrar um procurador que faça mais ou pelo menos igual o que ele está fazendo em qualquer lugar do Brasil. Este homem deveria ser clonado e colocado um dele em cada estado, para ver se finalmente o Brasil acorda para o problema da gestão dos resíduos.

O secretário Rasca ainda fez um apelo à população. “Reflitam antes de consumir nestes estabelecimentos que não prezam pelo compromisso sócio-ambiental”, solicitou.

Parabéns Rasca, é assim que se fala, se todos boicotarem estes supermercados de empresários que não estão preocupados com o ambiente e a humanidade eles só terão duas saídas, ou fazem sua parte na responsabilidade ambiental ou fecham as portas.

SOBRE A MULTA – A iniciativa de buscar alternativas para as sacolas plásticas é do programa Desperdício Zero, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, que tem como objetivo reduzir em 30% o volume de lixo gerado e eliminar os lixões a céu aberto no Estado.

Em março do ano passado, a Secretaria e o Ministério Público convocaram audiência pública com a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) para saber qual o destino das 80 milhões de sacolas disponibilizadas mensalmente. “Como a associação se manifestou dizendo que era responsável apenas por eventos e promoções, houve a necessidade de chamar individualmente as redes de supermercado para que cada uma respondesse pelo volume gerado”, explicou o coordenador do programa Laerty Dudas.

A reunião com os representantes foi realizada dois meses depois, em maio, quando deveriam ser apresentadas informações como o volume de sacolas utilizadas por mês e medidas alternativas para resolver a situação do passivo ambiental gerado por estas sacolas. Como nenhuma solução foi apresentada, houve a prorrogação do prazo em 30 dias.

Outras duas convocações aconteceram, sem sucesso. Em 23 de outubro foi estabelecido o prazo final para a apresentação das alternativas, que seria 17 de novembro. “Mas, outra vez, o prazo expirou e nada foi apresentado”, ressaltou Dudas.

ADESÃO – Apesar da resistência de alguns supermercados, outras redes que atuam no Estado já usam sacolas retornáveis, produzidas com diversos materiais – desde o tradicional tecido até o plástico oxibiodegradável.

A primeira rede do Brasil a utilizar a sacola oxi-biodegradável foi a rede de supermercados Canção, em Maringá, em 2006, que distribui mais de 2 milhões de sacolas mensalmente a seus usuários. Esta rede acreditou no projeto da FUNVERDE e deu início a esta revolução para resolver o problema dos malditos plásticos convencionais.

O Condor foi a primeira grande rede de supermercados a substituir as sacolas plásticas. Desde junho do ano passado, todas as 24 lojas da rede disponibilizam as sacolas. Por mês são 10 milhões repassadas a todas as sedes.

Além do Condor, muitas redes do interior do estado já fizeram a substituição. É o caso dos supermercados Planato, de Umuarama (Noroeste paranaense). José Luis Leandro, gerente de um dos cinco estabelecimentos da rede, comentou que desde o último mês de agosto todas as lojas passaram a trabalhar exclusivamente com sacolas oxibiodegradáveis. Mensalmente são disponibilizadas 600 mil sacolas nos supermercados Planalto.

Todas as redes de supermercados em Maringá – graças à pressão da FUNVERDE, é claro, porque ninguém faz nada sem um empurrão, um chute na bunda – estão utilizando sacolas oxi-biodegradáveis, à exceção das acima citadas e – hahaha – multadas.

Ele contou que a mudança ocorreu quando a rede percebeu a necessidade contribuir com o meio ambiente. “Quando vimos que uma simples sacolinha pode levar até 400 anos para se decompor, fomos buscar uma outra opção”, disse. A receptividade dos clientes o surpreendeu. “Foi muito grande, afinal hoje a preocupação como o meio ambiente é global e cada um pode fazer a sua parte”, completou.

Em Tibagi (região central do Estado), o supermercado Cristal também já disponibiliza sacolas oxibiodegradáveis a seus clientes. Para um dos sócios do estabelecimento, Moacir Alberto Gomes, mesmo havendo um pequeno aumento no custo das sacolas, a iniciativa valeu a pena. “Compensamos esse acréscimo com a conscientização ambiental de nossos consumidores”, avaliou. Muffato e Cidade Canção, que atua em Maringá, são algumas outras redes que já possuem em suas lojas sacolas ecologicamente corretas.

Gente, inacreditável, o bem vencendo o mal é coisa rara hoje em dia.

Espero que os políticos que vetaram a lei de utilização de sacola de uso único oxi-biodegradável – serra, kassab, xico graziano e outros imbecis, idiotas, patetas, comprados, incompententes – aprendam a lição com o grande estado do Paraná e com o nosso governador, secretário do meio ambiente estadual e ministério público.

Não posso esquecer do meu prefeito, Silvio Barros II, que foi o primeiro do Brasil a assinar um decreto obrigando o primeiro setor direto e indireto a utilizar sacos de lixo oxi-biodegradáveis.

É isso pessoal, este projeto que nasceu aqui, numa cidade do interior, com a iniciativa da FUNVERDE em 2005 e está se espalhando por todo o país em forma de lei está dando resultados maravilhosos, que esperamos que sejam copiados por todo o país.

Ainda há esperança para a humanidade quando primeiro segundo e terceiro setores se unem para mudar o mundo.

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