Carrinho de compras vira moda nas ruas do Rio

Nova mania entre as consumidoras cariocas ganha status de artigo disputado e reduz uso de sacola plástica

A consciência ambiental trouxe uma novidade para o Rio. Para evitar sacolas descartáveis, muitas consumidoras estão optando por bolsas reutilizáveis. E com os novos hábitos, surgem também novas modas. A mania que se espalha pelas ruas da cidade, especialmente em áreas de comércio popular, é um carrinho de compras onde as antigas grades de metal dão lugar a uma bolsa de tecido. E quem usa aprova.

“É muito prático. Com ele me livrei de um peso, literalmente”, diz Raquel Gouveia, 51 anos. A aposentada foi ao Saara, no Centro do Rio, aproveitar as liquidações pós-Natal. E ela acredita que os benefícios vão além da praticidade. “Se não fosse por ele, eu estaria com muitas bolsas. E isso é até uma questão de segurança. Uma senhora cheia de bolsas é um alvo muito mais fácil para assaltos”, comenta.

O carrinho, que pode ser encontrado com várias estampas e cores diferentes, virou artigo disputado nas lojas. Nas ruas do Saara, vale a pena pesquisar para encontrar o melhor preço, que varia entre R$ 29,90 e R$ 39,90. Nos supermercados, o valor pode chegar a R$ 50. A diferença é de 40%.

Quem também adotou o carrinho de compras foi a família Abreu. Seus integrantes apostam no sucesso da nova mania. “Todo mundo fala nele. Do jeito que está, acho que vai pegar até entre quem não é carioca.”, diz a nutricionista Carolina Abreu, moradora de Belém (PA).

A nova moda carioca evita o uso de sacolas plásticas. De acordo com a Lei 5.502, o consumidor pode escolher se quer sacolas ou desconto nas compras em supermercados. A cada cinco produtos, o cliente ganha R$ 0,03 de desconto se recusar sacolas plásticas. Uma compra de mês com 115 itens, por exemplo, rende uma folga de R$ 0,69. Pouco, mas em um ano, a economia pode chegar a R$ 8,28.

Fonte – O Dia de 10 de janeiro de 2010

Imagem – Uanderson Fernandes

Onde existe a lei para banir as sacolas plásticas, tudo muda, todos mudam, e mudam para melhor. As pessoas reaprendem que a obrigação de saber como levar as compras é delas, que elas tem que encontrar alternativas para o transporte das mercadorias e sempre, absolutamente sempre, as alternativas são surpreendente melhores que as malditas, inúteis e poluidoras sacolas plásticas de uso único.