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Cidade dos EUA proíbe venda de água engarrafada

Tudo começou com as sacolas plásticas: primeiro vieram os alertas sobre seu uso excessivo, depois as campanhas pelas sacolas reutilizáveis e, recentemente, sua proibição em diversas cidades do mundo.
Agora, a mesma coisa parece estar acontecendo à água engarrafada.

Apesar de já se falar há algum tempo sobre o consumo excessivo da água engarrafada (um absurdo nos Estados Unidos, onde a água encanada da maioria das cidades é perfeitamente potável), um vídeo divulgado na internet durante o último Dia Mundial da Água avivou ainda mais a discussão. Assista aqui o vídeo.

Os resultados não tardaram a aparecer. Enquanto as fabricantes de água engarrafada se defendem lançando campanhas para melhorar sua imagem, uma pequena cidade do estado de Massachusetts se adiantou e decidiu proibir sua venda.

A iniciativa surgiu com Jean Hill, uma ativista de 82 anos que convenceu os vizinhos e dirigentes municipais de Concord a votar contra a venda de água engarrafa na cidade. O movimento foi rapidamente aplaudido por ambientalistas, que propuseram disseminar a ideia no estado e até em todo o país.

Mas as coisas não são tão fáceis: ainda restam dúvidas sobre a legalidade da medida, já que ela pode atentar contra a liberdade comércio e poderia ser rejeitada nos tribunais caso os fabricantes decidam abrir processos contra a medida.

A indústria já demonstra resistência. Como observa um artigo do Boston Globe, ao saber da decisão de Concord, executivos do setor reagiram argumentando que uma medida que pretende fazer com que as pessoas tomem menos água é prejudicial para a saúde e é injusto condenar apenas um produto, quando muitos outros geram resíduos plásticos. No entanto, foi uma reação morna. A batalha realmente se verá se a tendência se espalhar pelo país e chegar a mercados maiores.

É bem provável que isso aconteça, já que as ações em torno da redução do consumo de água engarrafada estão aumentando. O mesmo artigo do Globe nota que mais de 100 cidades dos Estados Unidos reduziram as compras deste produto e uma cidade da Austrália, Bundanoon, também decidiu vetar sua venda.

É evidente que a água engarrafada não é a única vilã e pode ser um produto útil em determinadas circunstâncias (em regiões onde não há água portável ou em zonas de desastres naturais, por exemplo).

A questão é combater o consumo excessivo e desnecessário do produto. Mas ao que parece, não basta confiar na consciência de cada um, é preciso criar leis para isso.

As pessoas só reagem a medidas legais? Ou hábitos de consumo podem ser mudados por esforço próprio? Qual é a sua opinião?

Fonte – Discovery Brasil de 19 de maio de 2010

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