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Ecos da Amazônia, como construir negócios sustentáveis

Não fomos preparados para a nova realidade de sustentabilidade e agora precisamos correr para tirar o atraso em todos os sentidos

Entre os dias 24 e 26 de março passado, Manaus foi palco das questões ambientais durante o Fórum Mundial de Sustentabilidade. Figuras ilustres como o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, Arnold Schwarzenegger, e o megaempresário Sir Richard Branson trouxeram suas visões particulares sobre o potencial dos negócios sustentáveis e o papel importante que o Brasil pode desempenhar como protagonista no cenário internacional.

O Brasil tem desafios a enfrentar, como a exploração inteligente da camada do Pré-sal frente às necessidades de descarbonização da economia e a despoluição dos nossos rios. A água vai ser muito em breve um dos recursos mais caros do planeta e para nós não adiantará nada ter esse recurso em abundância se 80% dos rios brasileiros são contaminados com resíduos sanitários e são responsáveis por 70% das doenças registradas no país. Outro dado alarmante é que, apenas na cidade de São Paulo, 40% da água tratada se perdem em vazamentos.

O mundo está se transformando muito rapidamente, em uma velocidade nunca vista antes na história, e não é possível viver com a mentalidade que dominou o século XX. É preciso inteligência, educação para enfrentar os problemas e formar as novas gerações. O crescimento da economia no Brasil e o desenvolvimento conquistado nos últimos anos esbarram a todo tempo em limites e contradições, entre eles a questão da educação. Não fomos preparados para essa nova realidade e agora precisamos correr para tirar o atraso em todos os sentidos.

A questão da manutenção dos recursos hídricos é tão séria que uma nova expressão que resume o problema começa a ser difundida e logo irá fazer parte do vocabulário: “Water Footprint”. De forma similar à pegada de carbono, que faz referência clara aos combustíveis fósseis, “Water Footprint” permite mensurar a quantidade de água utilizada para a produção de um determinado produto ou serviço. Você pode estar se perguntando como os pequenos empresários podem agir para que a sustentabilidade faça parte do cotidiano tangível dos negócios e de que forma se pode contribuir efetivamente, certo?

Tudo isso parece difícil para uma grande empresa e irreal para uma pequena, mas não é. Uma boa ideia vale tanto quanto um monte de dinheiro. E é o ambientalista Adam Werbach quem consegue resumir bem esse espírito. Ele diz que o empresário pode implementar, em seu negócio, algo otimista, conectado aos seus valores pessoais e que por ter um propósito maior que o lucro pode ser assumido como prática e valor por todos os seus funcionários. Ainda parece muito grandioso, mas se o empreendedor compreender bem a sua atividade e de que forma ele pode contribuir para solucionar um problema através dela, fica muito mais simples. Na nossa próxima coluna, trataremos de alguns exemplos. Até lá!

Claudio Tieghi – é presidente da Associação Franquia Sustentável (Afras) e diretor de sustentabilidade do Grupo Multi

Fonte – PEGN de abril de 2011

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