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Em Nova York, o adeus à coca litrão

A imbatível combinação de pizza grande e refrigerante 2 litros está com os dias contados na cidade de Nova York. A partir de 12 de março, restaurantes e lanchonetes nova-iorquinas não poderão vender refrigerantes e outras bebidas adoçadas em vasilhames maiores do que 16 onças – o equivalente a 473 ml, sob pena de multa de US$ 200. Apenas água e sucos de fruta 100% naturais estarão isentos. A proibição foi proposta pelo prefeito Michael Bloomberg e aprovada em setembro, por unanimidade, pelo Conselho de Saúde da cidade.

Lutar contra a obesidade e os altos índices de incidência de diabetes são os principais motivos de Bloomberg. Mas, no país em que surgiram a Coca-Cola e a Pepsi, as duas maiores gigantes do setor, a limitação soa quase como heresia – para não dizer uma afronta à liberdade de escolha dos consumidores. Uma pesquisa feita pelo jornal “The New York Times” mostrou que 60% dos nova-iorquinos consideram a mudança uma “má ideia”.

A prefeitura argumenta que problemas relacionados à obesidade matam cerca de 6 mil pessoas por ano em Nova York, e que são mais comuns nas comunidades de baixa renda Um estudo feito em 2011 aponta que cerca de 70% da população negra e 66% da população hispânica da cidade é obesa, contra 52% dos residentes brancos.

A American Beverage Association, associação de fabricantes de bebidas, recorreu à Justiça em outubro para tentar barrar a legislação, com uma argumentação que se estende por 61 páginas. O caso está tramitando na Corte Federal de Manhattan. A associação também detonou uma campanha, em rádio e TV, no fim do ano passado, exaltando o direito dos consumidores à escolha.

A medida pode aliviar os riscos à saúde, mas vai doer no bolso dos moradores da cidade. O jornal “New York Post” fez as contas: uma pizzaria cobra, normalmente, US$ 3 por uma garrafa de 2 litros de Coca-Cola, mas, com a restrição, os clientes terão que comprar seis latas de 12 onças (355 ml), a US$ 1,50 cada, ou seja, US$ 7,50, para ter a mesma quantidade. A restrição também afetará os pitchers, jarras de 60 onças (1,75 litros) comumente vendidos em restaurantes voltados para o público infantil.

— É ridículo. Por que eles (os restaurantes e lanchonetes) não poderão vender algo que se compra no supermercado? – questionou o advogado Robert Bookman, da New York City Hospitality Alliance, organização para promoção turística da cidade, que aderiu à campanha da associação de bebidas.

O efeito para a imagem do prefeito Bloomberg também não foi das melhores. Ele vem sendo apelidado pela população de “Nanny Mike” (Babá Mike) e “Mayor Poppins” (Prefeito Poppins, em referência à personagem Mary Poppins), devido à sua tentativa de tutelar as decisões do público.

Fonte – Márcio Beck, Jornal O Globo de 25 de fevereiro de 2013

Imagem – Love Of Carnage!

Olha a máfia do fast food se pronunciando, como sempre, para defender seu lixo. É lógico que vão defender seus produtos de merda e seu lucro fabuloso, nada mais natural.

É lindo como as pessoas berram pelos seus direitos mas se esquecem que alguém paga a conta pelos seus exageros. Se entopem de porcarias, ficam gordos como porcos, a saúde vai para o espaço e quem paga a conta? Todos os cidadãos, com seus impostos. Pressão na saúde pública por conta de gente que não sabe se controlar. Pois bem, se não sabem se controlar, temos que cortar o acesso ao que os fazem ficar doentes, tirar o doce de suas bocas.

Peloamordamãeterra, o estômago em repouso de qualquer pessoa normal é do tamanho de seu punho fechado. Feche seu punho, olhe fixamente para ele e se conscientize de que você não necessita de mais de meio litro de refrigerante, de um prato com comida empilhada para ficar da altura do Pão de Açúcar. Coma para viver, não viva para comer o mundo. O seu exagero custa ao planeta terra fértil, água, recursos naturais dos que você está abusando e que farão falta aos seus descendentes, os seres do amanhã, que ainda nem nasceram neste planeta.

Parabéns ao prefeito Bloomberg, que assumiu uma posição ativa nesta questão, já que o governo federal é comandado pelas corporações.

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