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Grupo de defesa ao consumidor alerta sobre o risco do bisfenol A (BPA) para bebês

Mais da metade dos enlatados analisados pelo grupo continham o intereferente endócrino bisfenol A

E o grupo da Austrália de defesa ao consumidor alerta sobre os riscos à saúde que a presença do químico pode causar.

Choice divulgou hoje que testou 38 marcas de enlatados e 5 continham mais de 200 partes por bilhão de bisfenol A, um químico utilizado como verniz interno na forma de resina epóxi em enlatados.

Outros 17 continham entre 10 e 200 partes por bilhão. Choice afirmou que uma porção de 29 dos enlatados apresentavam uma taxa maior do que é considerada segura para um adulto de 70 Kg – 0,0024 microgramas por Kg de peso corporal.

O BPA tem gerado muita discussão no mundo todo após a publicação de pesquisas que o acusam de comprometer a saúde. Países como o Canada, Dinamarca, França e Costa Rica já o proibiram na fabricação de mamadeiras e produtos infantis além de alguns estados americanos já que a maior preocupação é com a saúde de bebês que parecem ser os mais afetados pelo químico.

O grupo alerta que é necessário reavaliar imediatamente a segurança do consumo do bisfenol A. O BPA já foi associado à doenças como o câncer, diabetes, obesidade e problemas de reprodução.

A agência Food Standards Australia New Zealand, correspondente a Anvisa, afirma que o bisfenol A que é usado na fabricação do plástico policarbonato e resina epóxi, é segura se for ingerida em concentrações de até 600 partes por bilhão ou 50 micrograms por peso corporal por dia.

Mas os autores do estudo afirmam que já existem evidências encontradas em várias pesquisas feitas em diferentes países para que o limite seja diminuído.

“Os riscos à saúde foram subestimados no passado e novos estudos demonstram que mesmo baixos níveis de bisfenol podem ser prejudiciais,”, explicou David Oakenfull, especialista alimentar que conduziu a pesquisa para o grupo Choice.

Enquanto a indústria de mamadeiras na Austrália está descontinuando voluntariamente a produção de mamadeiras com bisfenol A, que pode migrar para o alimento, menos atenção tem sido dada ao risco de contaminação em latas, disse Oakenfull.

Todos os enlatados testados continham níveis considerados aceitáveis para o BPA, no entanto Dr. Oakenfull disse que a agência australiana Food Standards Australia New Zealand deveria considerar o estudo mas acredita porém que a indústria que utiliza o químico fará grande pressão para prevenir que isso aconteça.

Heinz anúnciou em julho sem muito estardalhaço que iria descontinuar a utilização do bisfenol A em embalagens para bebês. Simplot, outra produtora de alimentos industrializados também anunciou que está testando enlatados sem BPA.

A Food Standards Australia New Zealand divulgou em seu site que compreende a insegurança dos consumidores em relação aos potenciais efeitos negativos do bisfenol A mas mantém sua opinião que não há risco para os consumidores.

A Organização Mundial da Saúde (World Health Organisation) agendou uma reunião sobre o BPA que será realizada em novembro no Canadá.

Fontes: The Sidney Morning Herald e The Australian / O Tao do Consumo

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