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Lei contra sacolas no RJ causa reação da indústria e do comércio

eikona

Revista Sustentabilidade de 07 de julho de 2009

Luis Roque

A decisão da governo fluminense de decretar o fim do uso de sacolas plásticas descartáveis no comércio, no prazo de um ano, não foi bem aceita pelo setor comercial e industrial, que sugeriu a adoção de outras políticas a fim de evitar o aumento em seus custos, apurou a Revista Sustentabilidade.

“O erro é o descarte do material e não o produto em si”, disse Marcelo Oazem, vice-presidente do Sindicato da Industria de Material Plástico do Rio de Janeiro (Simperj). “O que falta é uma coleta seletiva adequada, pois o plástico é 100% reciclável”.

Marcelo, você é um enrolador, ninguém coleta sacola de supermercado e você sabe muito bem disso, são sacolas que pesam de 2 a 3 gramas, sacolas que ficam contaminadas por serem utilizadas para acondicionar lixo, sacolas estas que são necessárias 800 para o catador ganhar o mesmo dinheiro que ele ganha coletando 30 latinhas de alumínio. Então não me venha dizer que estas sacolas são recicladas, pois não são.

Para ele, a lei está atacando o efeito e não a causa

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei 885 de 2007, do poder executivo, que obriga a substituição e recolhimento de sacolas plásticas feitas de polietileno ou polipropileno em estabelecimentos comerciais por sacolas reutilizáveis, confeccionadas em material resistente ao uso continuado ou em material biodegradável.

O executivo disse que o objetivo é eliminar sacolas de plásticos descartável por sacolas de um material menos agressivo ao meio ambiente.

“Ao comprar uma melancia no mercado utilizando uma sacola plástica para transportá-la, você está levando dois produtos: um que demora poucos minutos para sumir e outro que demora 500 anos”, disse Ana Domingues, fundadora da FUNVERDE que apoiou o projeto durante a sua tramitação. “Os sacos plásticos levam um segundo para serem produzidos, as pessoas os utilizam em média durante 30 minutos e o meio ambiente demora cinco séculos para decompô-lo”.

Segundo Domingues, o mundo consome 1 milhão de sacos plásticos por minuto, o que significa quase 1,5 bilhão por dia e mais de 500 bilhões por ano.

Segundo a nova legislação, os estabelecimentos ainda serão obrigados a receber as sacolas plásticas do público em geral e destiná-las a um fim ecologicamente correto. Em troca, poderá ser distribuído um vale-compra para alimentos no valor de 3 centavos por sacola.

A votação ocorreu no dia 24 de junho e aguarda sanção do governador. Depois de sancionada, a lei entrará em vigor em um ano.

Coragem governador, força na caneta, porque os inimigos são poderosos. Mas certamente o governador sancionará esta lei, que desplastificará seu estado, para os habitantes de hoje e de amanhã.

Os setor do comércio também não gostou da lei.

Para Aldo Gonçalves, presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro e Diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro, mesmo que a medida venha a contribuir para uma melhora no meio ambiente, a maneira que a legislação será aplicada vai carretar custos para os comerciantes, que já estão sobrecarregados pelos impostos.

Que custos, Aldo? Quer economizar, simplesmente pare de distribuir sacolas para os clientes. Você bem sabe que  cada sacola distribuída custa 3 centavos. Então, só vemos economia para vocês e não o contrário. Pense antes de falar besteira, mude seus conceitos para mudar o mundo e ainda tenha lucro.

“Os custos adicionais não deveriam ficar só no ombro do comércio”, disse Gonçalves.

Buá, tadinho dele. E as mortes causadas por enchentes em decorrência das sacolas jogadas na natureza? E os custos das prefeituras com garis para limpar bueiros e ruas com as malditas sacolas? E os rios e o oceano cheios desta droga de sacola? Isso ele não vê? Claro que não, ele só está olhando para o umbigo, se ele estiver bem, o resto do mundo que se exploda. Egoista.

Segundo o dirigente, os custos ainda terão que ser absorvidos mesmo com os prazos previstos na lei. As microempresas terão um prazo de três anos para substituir as sacolas, as pequenas empresas dois anos e as demais empresas um ano.

Para Oazem do Simperj, alternativas para proteger o meio ambiente do efeito nocivo do descarte das sacolas seriam a redução do consumo, através da conscientização da população, ou, até mesmo, o aumento da espessura das sacolas, reduzindo o número de unidades utilizadas e possibilitando a sua reutilização com maior frequência.

Lá vem mais um estúpido falar de aumentar a espessura de sacolas! Ô sua anta, deixar o plástico mais grosso só vai piorar a situação, seu burro. Queremos sacolas oxi-biodegradáveis ou retornáveis, o resto é o resto e não resolve nada.

Pensando bem, onde estão a plastimorte e as petromáfias, que não estão tentando derrubar esta maravilhosa lei? Será que não estão dando conta de ir de cidade em cidade fabricando audiências públicas fajutas? Será que estão com falta de soldadinhos de plástico a serviço dos plastificadores do planeta para ir em todas as cidades e estados em que a lei de desplastificação está sendo proposta?

Ou, mais provável, devem estar agindo nos bastidores. Veremos, veremos … Se o governador não sancionar, saberemos de quem é a culpa.

Mas, no caso do governador demonstrar coragem e sancionar esta lei, parabenizamos o estado do Rio de Janeiro. Certamente, vocês terão menos enchentes, menos lixo em suas ruas, bueiros, rios e no mar. Ganha a cidade, ganha o cidadão.

Este Post tem 5 Comentários

  1. Estes fabricantes de sacolas, só pensam neles, será que os mesmos não percebem que isto degride o meio ambiente.
    Estas sacolas levam anos para serem destruidas.
    Atenção empressários de sacolas plásticas usem a inteligencia para fazer um mundo melhor.
    Deixem de ser mesquinhos e igoista, taí uma solução para ganhar mais dinheiro e ser feliz.
    Biodegradável sim!

    1. Os sacos de lixo, como as sacolas plásticas ,tem a mesmo impacto no meio ambiente.Deveriamos estar buscando soluções para isso e para todo o material reciclavel que os sacos de lixo escondem. Um saco de lixo se ficar exposto ao sol alguns dias fica logo se rasgando e um frasco de shampo não.

  2. EXISTE SACOS DE LIXO BIODEGRADAVEL? NÃO ENCONTRO EM MERCADO NENHUM.TENHO QUE ENSACAR O LIXO PRA O LIXEIRO LEVAR E EVITAR QUE BICHOS APAREÇAM. e NA VERDADE TOMARA QUE SÓ SEJAM SUBSTITUIDAS POR OXIBIODEGRADAVEL,PORQUE TODO MUNDO USA ELAS COMO SACOS DE LIXO.AS SACOLINHAS NA VERDADE É O UNICO PRODUTO QUE É REUTILIZADO APOS O CONSUMO.FRASCOS DE DESODORANTE,AGUA SANITARIA,SHAMPOO,PACOTES DE BISCOITO..ESSES VAM DIRETO PARA O LIXO E NINGUEM VÊ. CLAGEM POR PARTE DE ORGÃOS PUBLICOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO POVO É A SOLUÇÃO.

  3. Depois que acabarem com as sacolas ende as pessos que trabalham nas fabricas de sacolas vão trabalhar ? Espero que o governo do RJ tenha suas casas bém grande para levar trabalhadores e seus familiares para os sustemtarem .

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