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Microesferas de polietileno são banidas em várias partes do globo para proteger oceanos

As microesferas, partículas de polímero sintético, ou polietileno, que podem ser maiores de 0,1 um e menores do que ou iguais a 5 mm de tamanho e que se encontram em estado sólido à temperatura ambiente são utilizadas em vários produtos de cuidados pessoais e em cosméticos, assim como em outras indústrias, estão sendo banidas com regulamentações em vários países por poluírem os oceanos.

Após a utilização desses produtos, as microesferas fluem direto pelo ralo e acabam indo parar nos rios e oceanos. Sistemas convencionais de tratamento de esgoto não são capazes de reter essas partículas graças ao seu tamanho reduzido. Assim, muitos animais que vivem nos oceanos e que alimentam as pessoas do mundo todo são impactados por estas partículas plásticas e nós os ingerimos.

O governo canadense planeja declarar microesferas não biodegradáveis como “substâncias tóxicas”, sob a Lei de Proteção Ambiental Canadense e instituiu um exame obrigatório a ser concluído por empresas que importam, exportam ou usam microesferas em produtos de cuidados pessoais ou produtos de consumo no Canadá.

O governo canadense disse que a razão para esta exame é reunir informações sobre a produção e utilização de microesferas dentro do Canadá para apoiar as ações planejadas sobre a proibição microesferas que não são biodegradáveis.

Nos Estados Unidos diversos estados já tem regulado ou banidos produtos que incluem estas microesferas.

Na Califórnia, depois de um árduo caminho para finalmente proibir microbeads não biodegradáveis o governador Jerry Brown assinou oficialmente a lei que proíbe que microesferas plásticas sejam utilizados em cuidados pessoais e produtos de beleza até depois de 1 de janeiro de 2020.

Duas ONG’s holandesas, a North Sea Foundation (Fundação Mar do Norte) e a Plastic Soup Foundation (Fundação Sopa de Plástico), desenvolveram, em 2012, um aplicativo que informa a presença ou não de microesferas em um determinado produto. O aplicativo se chama Beat the Microbead (Combata as Microesferas) e está disponível para smartphones. Os criadores do aplicativo pedem ajuda para aumentar o banco de dados dos produtos comercializados no país, a fim de que o consumidor possa ter mais opções na hora de fazer as compras.

Lembrando que a ideia de realizar a avaliação global dos oceanos foi gestada em 2002, durante a Rio+10.

No Brasil apesar de ter sancionado um Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro há 25 anos jamais implementado a contento, não se posiciona em relação às microesferas utilizadas em várias indústrias.

A Ong AVAAZ.org abriu uma petição na internet para que o Ministério do Meio Ambiente proíba a utilização de microesferas de plásticos em cosméticos. Nele constam o posicionamento de algumas empresas.

As empresas O Boticário, Natura e Avon já se comprometeram a parar de usar microesferas de plástico em função dos impactos causados ao meio ambiente. Porém, nem todas as empresas que utilizam microesferas de plástico se manifestaram.

“O Grupo Boticário está em processo de substituição destes componentes, utilizando materiais alternativos em produtos de suas unidades de negócio. Esta iniciativa faz parte da estratégia corporativa de sustentabilidade que prevê a análise de ciclo de vida e desempenho de matérias-primas em todos os produtos que fabricamos.”

“Nos comprometemos a não utilizar mais esferas de cera de polietileno como agente esfoliante nos produtos em desenvolvimento e, até 2016, o ingrediente será banido por completo de nossos produtos. A substituição será feita por esfoliantes de origem vegetal, como arroz, maracujá e bambu. A Natura reitera que a sustentabilidade é um de seus principais vetores de inovação e parte integral de sua essência, norteando todas as suas ações e planejamentos presentes e futuros,” declarou a empresa.

“A Avon não usará mais microesferas plásticas sintéticas como esfoliantes em seus produtos e começará a eliminação do uso de microesferas plásticas sintéticas como esfoliantes em produtos já existentes, assim que tiver concluído a qualificação de alternativas adequadas que atendam aos nossos padrões rigorosos de segurança humana e ambiental.”

Fonte – Cosméticosbr de 19 de outubro de 2015

Boletim do Instituto IDEAIS de 20 de outubro de 2015

Instituto Ideais

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