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No Canadá, indústria será penalizada se liberar bisfenol-A no ambiente

Governo alega que o químico não degradável e pode ser liberado em quantidades que prejudicam peixes e outros animais

Dias depois de incluir o bisfenol A (BPA) na lista de substâncias tóxicas, o governo do Canadá anuncia que irá introduzir nova legislação para penalizar as empresas que liberam o BPA no meio ambiente. O BPA é usado na fabricação de embalagens plásticas de alimentos e como revestimento interno de latas de comida e bebida. Como suas moléculas não são estáveis, ele migra da embalagem e contamina os alimentos. Pesquisas com animais já associaram o consumo de bisfenol A à doenças como câncer de mama e de próstata, diabetes, infertilidade, obesidade, puberdade precoce e tardia e problemas cardíacos. Ele já foi proibido no Canadá, França, Dinamarca e Costa Rica.

O Canadá foi o primeiro país a tomar esse tipo de iniciativa. Um comunicado de Jim Prentice, Ministro do Meio Ambiente, no fim de semana avisou que empresas no Canadá terão 60 dias para desenvolver planos que previnam a contaminação do bisfenol A no meio ambiente como resíduo industrial. De acordo com o comunicado, o BPA, composto encontrado na maioria dos plásticos, “é persistente, não degrada no meio ambiente e pode ser liberado em quantidades que prejudicam peixes e outros animais”.

Um estudo divulgado pela Health Canada, em agosto deste ano, revelou que o bisfenol A foi encontrado em cerveja e refrigerantes. Um relatório preparado pela Agência de Estatísticas o Canadá, também divulgado em agosto, mostrou que o BPA A estava presente em 91% da população.

Na área médica cresce o número de publicações que associam o alto índice de câncer dia com a exposição a químicos presentes em produtos comuns. O Grupo Breast Cancer Fund, dos Estados Unidos, divulgou neste mês relatório que apresenta uma avaliação ampla de dados científicos relacionando o câncer de mama a químicos. De acordo com o relatório, a maioria desses químicos está presente em produtos comuns como remédios, cosméticos e carnes com hormônios, produtos de limpeza com solventes, embalagens alimentares com bisfenol A, substâncias não flamáveis em móveis e radiação em tratamentos médicos.

O relatório, intitulado Estado da Evidência: A Conexão entre o Câncer de Mama e o Meio Ambiente, é a sexta edição publicada pela organização Breast Cancer Fund. A Presidente da Breast Cancer Fund alerta: “Neste mês mundial de conscientização do câncer de mama, nossa mensagem é clara: temos que ir além da conscientização para a prevenção.”

Fonte – Vancouver Sun / Environmental Health News / Breast Cancer Fund / O Tao do Consumo

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