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O uso das sacolas de plástico não degradável está com os dias contados em Camarões

Avanço na defesa do meio ambiente. Em vigor a partir de março de 2014, Lei prevê até prisão para quem usar sacolas plásticas em Camarões.

O uso das sacolas de plástico não degradável está com os dias contados em Camarões. Em março do ano que vem, entra em vigor no país a lei que pune com penas de prisão de dois a dez anos e multas de até 20 mil dólares, quem distribuir ou descartar sacolas plásticas em locais públicos ou em qualquer outro local que ameace o meio ambiente.

Um estudo promovido pelo Ministério do Meio Ambiente de Camarões mostrou que cerca de seis milhões de toneladas de resíduos plásticos são despejados anualmente em seu território, ameaçando a vida humana e animal e o meio ambiente. Foi comprovado que mais da metade dos usuários de sacos plásticos costuma descartá-los em qualquer lugar. A prática faz com que áreas urbanas e rurais fiquem cheias de material plástico.

Responsável pelo controle de resíduos do Ministério do Meio Ambiente, William Lemnyuy aponta o problema rotineiro de ter sacos plásticos entupindo calhas e provocando inundações. “Eles também interferem na produção de alimentos, impedindo a água de atingir o solo e, se ingeridos, podem bloquear o intestino dos animais”, lembrou.

Os sacos descartáveis são feitos de polietileno, um subproduto do petróleo com longas cadeias de repetição de moléculas de hidrogênio e carbono. Sua produção é relativamente barata, são acessíveis e por isso mesmo são facilmente descartados. O problema é que o plástico leva milhares de anos para se decompor e enquanto isso não ocorre, ele se quebra em partículas menores tóxicas que contaminam a água, os solos e as pessoas.

O Programa Ambiental das Nações Unidas estima que cerca de cinco trilhões de sacolas plásticas são produzidas anualmente em todo o mundo. Do total, apenas um por cento é reciclado. “Quando você coloca comida quente em um saco plástico, você começa a ver seu derretimento. Alguns fluídos vão para o seu alimento”, disse Lemnyuy. Ele lembra ainda de estudos sugerindo que os componentes químicos podem causar câncer e defeitos no nascimento.

Chamados ironicamente de “Flores da África”, os sacos plásticos tornaram-se uma praga moderna. Em Camarões, a proibição provocou alguns resmungos. No mercado principal em Douala, os vendedores acondicionam nas sacolinhas a maior parte dos itens vendidos. Além de anunciar o projeto de produzir sacos plásticos biodegradáveis, o governo de Camarões também pretende apoiar a iniciativa de empresas privadas de reciclar os sacos não degradáveis.

Organizações da sociedade civil estão se aliando ao governo para ajudar a reciclar resíduos dos mais variados tipos de produtos, como acessórios de moda, tecidos de isolamento do telhado, tambores, etc. Aliados ao movimento de preservação ambiental, integrantes da organização Eco-friendly se movimentam para limpar crescentes montanhas de lixo nas cidades de Camarões, de forma que os resíduos de plástico possam ser utilizados para a produção de 10 mil lixeiras.

Boletim do Instituto IDEAIS de 09 de setembro de 2013

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