Para aqueles que pensam que os plásticos biodegradáveis não funcionam

Muita gente acha que os plásticos biodegradáveis não funcionam. E muitas vezes estas pessoas tem razão!

Por este motivo este boletim vai explicar o que funciona e o que não funciona no segmento dos plásticos biodegradáveis flexíveis.

Plásticos feitos com resinas certificadas derivadas de amido, PLA, Poliésteres Alifáticos etc. Os denominados hidrobiodegradáveis e conhecidos como compostáveis.

Não funcionam quando:

1) Fabricantes de embalagens misturam a resina hidrobiodegradável certificada com plásticos convencionais no processo de produção, falsificando o produto;

2) Quando os plásticos fabricados de forma correta, e autênticos, não são destinados a usinas industriais de compostagem, onde poderão cumprir o que prometem e biodegradar em até 180 dias conforme as normas ASTM 6400 ou EN 13432, ou são destinados a locais onde não existem condições propícias para a biodegradação.

Funcionam quando:

1) Fabricantes de embalagens plásticas seguem corretamente as instruções de produção e o autêntico produto final é destinado a usinas industriais de compostagem.

Plásticos feitos com aditivo oxibiodegradável certificado.

Não funcionam quando:

1) Representantes locais dos aditivos manipulam as taxas de aditivação dizendo para usar 1% quando na realidade as provas mostram que só funcionam a 3%, 5% ou até mesmo 6%;

2) Fabricantes de embalagens não adicionam o aditivo, ou adicionam menos do que o recomendado pelo fabricante, falsificando o produto;

3) Quando os plásticos oxibiodegradáveis certificados, autênticos, e fabricados de forma correta são destinados para ambientes onde não existe Oxigênio, nem luz ou calor para que a aceleração da degradação aconteça. Ou estão em locais onde não podem cumprir as normas ASTM 6954-04, BS 8472 etc relacionadas a degradação, biodegradação e ausência de resíduos nocivos.

Funcionam quando:

Os aditivos são certificados, os laudos independentes comprovam a taxa certa de aditivação, os fabricantes de embalagens plásticas seguem corretamente as instruções de produção, e o produto final é autêntico.

Conclusão

É claro que fraudes, aditivos falsos, misturas indevidas de derivados de amido com poliolefinas, taxas de uso erradas, misturas não permitidas vão produzir falsos plásticos biodegradáveis e que jamais vão cumprir o que prometem. A fraude pode envolver o representante da matéria prima (sem que o fabricante se dê conta que está sendo enganado, caso bem comum em aditivos que só funcionam a 3 e até 6% e o representante diz para usar 1%), ou é praticada pelo fabricante (sem que o usuário final saiba que está sendo enganado), ou mesmo praticado por ambos para obter vantagens econômicas em prejuízo da industria, do comércio, ou do consumidor final.

Antes de produzir e consumir plásticos biodegradáveis certifique-se que não esteja sendo iludido. Peça e analise as provas, laudos e certificações. Use somente plásticos biodegradáveis certificados, não seja enganado e não engane o consumidor. A fraude não é uma opção.

Boletim dos Instituto IDEAIS de 03 de junho de 2013

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