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Restos de plástico liberam substâncias tóxicas no oceano

beatriz229

Revista Época de 20 de agosto de 2009

Pesquisadores descobrem que plástico se decompõe rapidamente no mar aberto, mas isso não é bom: ao se dissolver, esses materiais liberam elementos tóxicos.

Cientistas identificaram uma nova forma de poluição química causada pelas milhões de toneladas de plástico flutuando nos oceanos do mundo. Segundo o estudo, divulgado na quarta-feira (19), durante o encontro da Sociedade Americana de Química, e liderado por Katsuhiko Saido, da Universidade Nihon, no Japão, enquanto o plástico no mar se decompõe, cria substâncias tóxicas não naturais que podem afetar o crescimento e o desenvolvimento de animais marinhos e até mesmo ser tóxicas para humanos.

Até essa pesquisa, a ideia mais aceita era a de que o lixo plástico era estável e que sua principal ameaça aos animais derivava de problemas de asfixia e estrangulamento causados em criaturas que comessem ou se prendessem nos detritos – além de ser uma poluição desagradável à vista. A ideia geral sempre foi a de que plástico demorava anos para se degradar. Saido, entretanto, afirma que materiais plásticos se decompõem rapidamente quando expostos às condições e temperaturas do mar aberto.

Mas isso não é uma boa notícia: decompostos, esses materiais se dissolvem em químicos tóxicos que podem facilmente se espalhar pelo ambiente marinho, como o bisphenol A – causa de problemas no sistema hormonal de animais – e as substâncias conhecidas como oligômeros à base de poliestireno, que não existem na natureza. Um dos derivados de plástico mais utilizado no mundo, o isopor libera o monômero de estireno, uma substância reconhecidamente cancerígena, além de outros dois químicos derivados do estireno, que, acredita-se, também possam causar câncer.

Existem milhões de toneladas de plástico flutuando nos oceanos, mas o tamanho dessa poluição só tem sido amplamente reconhecida nos últimos anos. No Pacífico Norte, por exemplo, foi descoberta uma área que parece estar permanentemente coberta por uma camada de lixo flutuante e que tem uma extensão estimada similar à do Estado do Amazonas, o maior Estado brasileiro.

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Ambiente Brasil de 21 de agosto de 2009

Os resíduos plásticos que acreditava-se que eram indestrutíveis se decompõem rapidamente na água e liberam substâncias tóxicas em todos os mares do mundo, afirmou um estudo apresentado na quarta-feira (19) na reunião anual da Sociedade Química dos Estados Unidos em Washington.

Os cientistas do Colégio de Farmácia da Universidade de Nihon, no Japão, disseram que a descoberta foi “surpreendente” porque se pensava que o maior perigo dos plásticos era que fossem comidos pelos peixes.

“Acreditava-se que os plásticos de uso diário eram em geral muito estáveis”, indicou Katsuhiko Saido, cientista que dirigiu a pesquisa.

“Descobrimos que o plástico no oceano na realidade se decompõe ao ficar exposto à água e ao sol e a outras condições ambientais. Esta é outra fonte de poluição global que continuará no futuro”, disse.

Saido ressaltou que todos os anos são jogadas nos rios japoneses 150 mil toneladas de resíduos plásticos, principalmente objeto de espuma plástica (Styrofoam) e o mesmo ocorre em outros mares.

Segundo o cientista, quando o plástico se decompõe libera a substância bisfenol A (BPA) e o oligômero PS, potencialmente tóxicos.

Outros estudos afirmam que tanto o BPA como o PS podem alterar a função hormonal nos animais e afetar gravemente seu sistema reprodutivo.

Os plásticos não se decompõem no sistema gástrico dos animais, mas as substâncias que liberam poderiam ser altamente prejudiciais, disseram os cientistas em seu relatório.

E agora xico tóxico, brasquem?, plastimorte, CETEA / Ital, INP, MMA et caterva?

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