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União Europeia suspende pesticidas que seriam prejudiciais para abelhas

A Comissão Europeia aprovou nesta segunda-feira (29 de abril) a suspensão por dois anos de três pesticidas da família dos neonicotinóides (tioametoxam, imidacloprid e clotianidin) que foram considerados perigosos para a população de abelhas do continente.

Quinze Estados-membros votaram a favor da suspensão, oito foram contrários e quatro abstiveram-se. Foram a favor: Espanha, Alemanha, França, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Estónia, Chipre, Letônia, Luxemburgo, Eslovênia, Malta, Holanda, Polônia e Suécia. Já Reino Unido, Itália, Portugal, República Checa, Áustria, Hungria, Romênia e Eslováquia foram contrários argumentando que a decisão prejudicará a produção de alimentos. Eles fingem não saber que sem polinização não há produção de alimentos.

Por não ter sido alcançada a maioria qualificada necessária para a aprovação imediata da suspensão, ficou a cargo da Comissão Europeia decidir se adotaria ou não a medida. Foi então que o comissário europeu para a Saúde e Defesa do Consumidor, Tonio Borg, não deixou dúvidas de que a partir de dezembro os pesticidas estarão suspensos.

“Prometo fazer o meu melhor para garantir que as nossas abelhas, que são tão vitais para o nosso ecossistema e contribuem com mais de 22 mil milhões de euros anuais para a agricultura europeia, estejam protegidas”, declarou Borg.

A decisão foi comemorada por entidades ambientais e pela Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (AESA), que formalizou o pedido pela suspensão. Em janeiro, a AESA apresentou uma análise declarando que os neonicotinóides representam uma série de riscos às abelhas.

A Bayer, uma das fabricantes dos pesticidas suspensos, negou que seu produto faça mal às abelhas. “Estamos convencidos de que os neonicotinóides são seguros quando utilizados de maneira responsável. As evidências científicas disso não foram levadas em conta no processo político de decisão pela suspensão.” Sim, sim, nossos venenos são seguros, só produzimos venenos benéficos para a humanidade. Então, tá! Vamos ver se o presidente da bayer tem coragem de tomar uma taça de seus venenos. Se tomar, acreditaremos que são seguros para a humanidade, para as abelhas, para toda forma de vida do planeta.

No Brasil, o IBAMA publicou em outubro um estudo sobre os efeitos dos agrotóxicos sobre as abelhas silvestres. A publicação é um levantamento que destaca a importância do serviço ambiental de polinização, os principais agentes polinizadores nas diversas regiões do país e os efeitos dos agrotóxicos nas abelhas silvestres, abordando os efeitos letais e subletais.

Fonte – Carbono Brasil de 30 de abril de 2013

Imagem – cproppe

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