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Venda de sacolas ecológicas provoca euforia em New York

erikchua

Recentemente as sacolas de supermercado “ecológicas”, feitas de algodão, projetadas para substituir as poluentes bolsas de papel e de plástico, provocaram compras eufóricas na cidade de Nova York.

Quatro estabelecimentos da rede de lojas de produtos orgânicos Whole Foods, em Manhattan, colocaram à venda cerca de 20 mil sacolas ecológicas com a inscrição “Não Sou uma Sacola de Plástico”.

Centenas de pessoas fizeram fila antes da abertura da loja para comprar a sacola, de US$ 15, em poucos minutos. A idéia é que os clientes comprometidos com o meio ambiente levem as sacolas para a loja. Isso diminuiria o uso de sacos plásticos – que levam cerca de 500 anos para se desintegrar – ou de papel – o que evitaria a derrubada em massa de árvores.

A estratégia, que tem sido considerada uma moda passageira, é para a criadora, a designer inglesa Anya Hindmarch, uma maneira de alcançar uma boa conduta.

A mensagem escrita nos sacos é vista com freqüência no ombro de milhares de pessoas. A designer – famosa por suas carteiras e bolsas com preços de até US$ 1,5 mil – começou a campanha timidamente em Londres. Diante do sucesso, a idéia se disseminou para outras cidades.

O furor que essas sacolas despertam foi tamanho que, no mês passado, a polícia de Taiwan teve que dispersar um tumulto gerado pela venda, que levou 30 pessoas para o hospital.

“Odeio a idéia de pôr a defesa do ambiente como moda, mas é necessário colocá-la em evidência para que se torne um hábito”, disse a designer à imprensa local. Anya Hindmarch, que tem cinco filhos, já chegou a usar mais de 30 sacolas de plástico em compras de supermercado.

Calcula-se que os americanos utilizem cerca de 100 bilhões de sacolas plásticas por ano. Apenas 1% é reciclado. O restante é jogado nas ruas e nas águas ou então fica preso em árvores, fiação elétrica e drenagens.

A cidade de São Francisco já tem uma lei que proíbe o uso de sacolas não-recicláveis. Outras cidades nos EUA, como Boston, Baltimore, Portland e Santa Monica, estão considerando projetos de lei semelhantes.

Por aqui, Já temos vários estados e cidades que aprovaram a lei de proibição de uso de sacolas oxi-biodegradáveis. Agora é a hora do segundo passo, que é o incentivo ao uso da sacola retornável para uso único e o plástico oxi-biodegradável para embalagem de produtos tais como bolacha, sorvete, margarina, shampoo, enfim, temos que aproximar o ciclo de vida da embalagem ao ciclo de vida do produto contido na embalagem.

Aos poucos e com a boa vontade do consumidor e de alguns políticos sérios, comprometidos com a humanidade, conseguiremos a mudança necessária para desplastificarmos o planeta e criarmos um futuro melhor para os seres do amanhã, mesmo com a oposição sórdida da petromáfia e dos seus soldadinhos de plástico, da plastivida.

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