skip to Main Content

Maringá, cidade infernal para os pedestres II

Você ainda lembra desta foto abaixo? Veja do que se trata no post Maringá, cidade infernal para os pedestres.

Se você já tinha achado um absurdo a construtora tomar a calçada para construir escritório para vender apartamento, tomar o lugar do pedestre se locomover, deixar a calçada cheia de lixo e pensou que não tinha como piorar, você se enganou, veja o que fizeram uma semana depois daquelas fotos e daquele post.

Note que até as árvores ficaram para dentro do cercado.

Diga, sinceramente, se você for mãe ou pai de criança que ainda usa carrinho de bebê, se você tiver problema de locomoção ou simplesmente utilizar cadeira de rodas, você conseguiria passar neste 1 metro de calçada que deixaram?

Olhe mais de perto, está simplesmente intransitável.

Primeiro que este empresário usou mais calçada do que dispõe a lei, que diz que o empresário pode utilizar 2/3 da calçada – a calçada tem 4,5 m e então ele deveria deixar livres 1,5 m mas comeu meio metro do pedestre, guloso -, o que é um absurdo, pois originalmente a lei falava em 1/3, mas nossos adorados vereadores, como legítimos representantes das pessoas que transitam neste trecho apertadíssimo de uma rua movimentadíssima, fizeram, sem interesse escuso nenhum, o favor de mudar a lei para que nossos empresários socialmente responsáveis e geradores de empregos possam utilizar 2/3 da calçada durante o tempo que for necessário para a obra ser concluída, mesmo que se passem anos.

Parabéns vereadores, vocês nos enchem de orgulho, como sempre. Nós não desejamos o mal, nunca, mas todos que estão vivos estão sujeitos a se acidentarem, mesmo que seja durante uma pelada – para os leitores gringos, não é pornografia, pelada é jogo de futebol – e quando a mãe terra permite, todos também envelhecem, gerando dificuldades de locomoção, então, a título de experiencia, sem lhes desejar mal nenhum, estimados vereadores, seria interessante que todos vocês que votaram a favor desta lei de roubo de calçada pelo empresário lei passassem algum tempo em uma cadeira de rodas e tivessem que passar diariamente por este local ou qualquer outro local em construção em Maringá, que está do mesmíssimo jeito, para ver a cagada que vocês fizeram.

Nós reclamamos sim, pois somos pedestres, pagadores de impostos, mas também propomos soluções e a solução para este problema já faz parte do nosso PROJETO CIDADE LIMPA, porque como em Maringá, qualquer outra cidade do país está vivendo este caos, com mais de 80% da população do país  urbana, as cidades estão se transformando em lugares caóticos para se viver.

A solução é simples, a construção só pode avançar 1/3 da calçada e o construtor tem que reformar o resto do 2/3 para o pedestre se locomover, não deixar entulho na calçada, porque o construtor tem que lembrar que é lei federal, a calçada pertence ao pedestre, ele está tomando emprestado este pedaço de calçada por um determinado tempo. Empresário, quem está caminhando por esta calçada pode ser um comprador do que você estiver construindo, ou um ex-comprador, por causa da raiva que você está provocando nele, seja esperto, se não for por consciência, pense ao menos em seu bolso, trate bem seu possível futuro cliente.

No caso desta construção, em que a calçada tem 4,5 metros – medimos com trena – o empresário só deixou uma faixa de 1 metro, toda esburacada, impossível de se transitar. Ele poderia PELO MENOS ter arrumado este pedaço antes fazer a cerquinha para não prejudicar a comunidade.

Mas como sabemos que a coisa só funciona na base da multa, que a consciência do empresário está localizada no bolso, onde está a fiscalização municipal?

Cadê a árvore daqui? O gato comeu?

Este Post tem 0 Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top