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A tentativa frustrada da FUNVERDE de revegetar o Córrego Borba Gato no Parque do Japão e no Horto Florestal

Este post é a primeira de duas partes. Leia também a segunda e fique tão indignado como nós.

As fotos abaixo são de 2008, quando durante vários meses ministramos palestras semanais para nossos voluntários e estagiários embaixo de quatro mangueiras frondosas do lado de fora do parque do japão. Numa cidade em que árvores são cortadas todos os dias, sadias ou não, dependendo do interesse dos empresários, estas mangueiras aliviaram, e muito, o calor escaldante do verão maringaense durante nossas palestras.

Em 2008 o Projeto Mata Ciliar FUNVERDE previa reflorestar a mata ciliar do córrego Borba Gato que nasce dentro do Horto Florestal e ganha força com o córrego que nasce dentro do parque do japão . Nosso projeto era reflorestar os dois córregos e o córrego em que eles se transformam após o encontro. O prazo era de um ano para replantar toda a mata ciliar.

Desde o início encontramos resistência por parte da prefeitura que, mesmo diante de insistentes pedidos de parceria, se recusou a erradicar o capim colonião que existia no local que, por experiência – o Projeto Mata Ciliar FUNVERDE iniciou em 2004 – sabemos ser um fator que impede o crescimento das árvores, pois ele cresce mais de 1 metro por mês no verão e sufoca as árvores. Inicialmente plantamos umas 100 árvores para mostrar para a prefeitura que sem eles erradicarem o capim, seria impossível a recomposição da mata ciliar e como previsto, as árvores foram sufocadas pelo capim e poucas sobreviveram.

O incrível é que a prefeitura foi completamente intransigente, pois nas recomposições de mata ciliar nas cidades, a FUNVERDE entra com as árvores nativas de no mínimo um metro e meio escolhidas do manual de recuperação de mata ciliar da FUNVERDE que conta com 400 espécies nativas, sendo 100 frutíferas nativas, sempre plantando 25% de frutíferas nativas para atração da avifauna, e sempre plantando no máximo 10% de cada espécie para aumentar a biodiversidade.

Então, a FUNVERDE entra com as árvores, as pessoas para plantar, as estacas e ainda faz a roçada até o fechamento da copa das árvores, quando o capim não compete mais com as árvores. A roçada é feita em parceria com a VIAPAR desde 2005, a empresa parceira do projeto mata ciliar FUNVERDE.

A única coisa que qualquer prefeitura precisa fazer em contrapartida é a roçada inicial e os buracos – no caso da prefeitura de Maringá, há alguns anos nós doamos uma broca para fazer os buracos mas nem isso eles fazem faz muitos, mas muitos anos, então ainda temos que fazer os buracos com picareta, na mão mesmo, parceria safada esta.

Enquanto esperávamos a parceria se concretizar para para refazer a mata ciliar do parque do japão – e isso demorou um tempão, com reuniões sem fim – e no fim a parceria não ocorreu, ficamos alguns meses palestrando embaixo das quatro magníficas mangueiras.

Abaixo, as fotos e os mapas das mangueiras e dos córregos.

Clique nas fotos dos mapas para visualizar em tamanho original.

Vista do Parque do Japão e as mangueiras fora do terreno no canto esquerdo.

As mangueiras.

As Palestras.

Traçado original da nascente do Córrego Borba Gato na parte superior central da foto.

Note que o córrego encanado para formar duas lagoas e toda a mata original do terreno foi cortada. Como diria um político ruralista, a paisagem foi humanizada.

Na parte inferior central da foto, em amarelo os limites do parque do japão, onde existe o muro e em vermelho as mangueiras. Aquela que parece estar invadindo o parque – mangueira abusada – na verdade é só a copa da árvore, pois seu tronco se encontra fora do muro.

E finalmente, em azul, o Córrego Borba Gato em suas duas nascentes, uma dentro do parque do japão e outra dentro do horto florestal.

Continua no próximo post

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