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Cidade verde ou cidade canção? Qual a relevância desta discussão?

Charge – Lukas, O Diário do Norte do Paraná de 08 de maio de 2011

Verde … Canção … Que tal falarmos sobre os verdadeiros problemas ambientais de Maringá?

Enquanto isso, algumas antas resolvem mudar o cognome – subtítulo, apelido –  da cidade.

Conhecem a história do marido que flagrou sua esposa com o namorado no sofá da sala? Então, vendeu o sofá … viram a semelhança?

Vamos lá:

Reciclagem de lixo – 3% no máximo

Compostagem de lixo – 0%, zero, nada, nadica de nada, aliás, a cidade nem tem composteira para transformar o resíduo orgânico em adubo orgânico

5 cooperativas de recicladores – abandonadas pelo poder público, trabalhando sem estrutura. Enquanto isso conspiram para instalar uma usina de algumas centenas de milhões de Reais para queimar todo o lixo, o reciclável, o compostável. De novo, uma imbecilidade, visto que apenas de 3 a 5% das 350 toneladas de resíduos gerados diariamente na cidade são rejeito, 50% é compostável e o resto é reciclável.

Quem mora na cidade, percebe que todas as semanas a prefeitura fica mudando de dia de pseudo-coleta de reciclável, para desanimar a população e implantar o dragão papa lixo. Toda semana tem uma notícia nos veículos de comunicação falando de lixo, não de solução, mas de como está ruim, tudo para justificar a queima de recursos naturais no dragão papa lixo.

Farmácias, locadoras de veículos, concessionárias de veículos, locadoras de imóveis, supermercados, shoppings  … qualquer lugar que o proprietário quer mostrar a fachada – 0% de árvores na calçada

A esmagadora maioria dos parques da cidade – fechados para reforma, há muito tempo e sem prazo para reabir, o que significa menos área para lazer para a população

Poderíamos escrever muito mais sobre nossa amada cidade, hoje abandonada pelo poder público, mas não temos tempo, pois temos que resolver problemas maiores, da coletividade, de longo prazo, como o problema do código florestal, em que os deputados querem destruir a água do país destruindo a mata ciliar, do surto de consumismo da população mundial, das sacolas, da diminuição do consumo para diminuir a geração de resíduos, do consumo sustentável, da reciclagem e compostagem de resíduos sólidos, da educação ambiental, do design para a obsolecência, da superpopupação, da cultura do umbigo, isto é, cada um preocupado com seus próprios problemas e alienados para os problemas coletivos, para os problemas do design de embalagens para que todo componente possam ser reciclados, isto é, aplicação do conceito berço a berço … e enquanto estamos resolvendo estes problemas macro, que envolvem o coletivo planetário, os problemas locais acabam ficando para trás, pois somos tão poucos que não conseguimos estar em todos os locais ao mesmo tempo para resolver tantos problemas.

Infelizmente, são poucos os verdadeiros filhos da mãe terra, que dedicam sua vida para a melhorar a vida de todos no planeta. Como já dizia Carl Sagan, este mundo precisa de menos passageiros e mais tripulantes, menos gente para comer o planeta, mais gente para cuidar do planeta, fazer a manutenção desta bolinha azul perdida na imensidão do universo, o único lugar que podemos chamar de lar.

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