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Consumidor Paulista é exemplo de cidadania

Neste mês, em que celebramos o Dia do Meio Ambiente, temos uma ação efetiva para comemorar e, acima de tudo, para promover uma reflexão sobre a importância da preservação ambiental e da busca por uma melhor qualidade de vida da população de nossas cidades paulistas. Por esta razão, estamos fazendo um balanço das ações que o setor de supermercados desenvolve a fim de promover nestas cidades o crescimento de maneira sustentável. A consciência ambiental e a adaptação das pessoas à cultura da sustentabilidade resultam em impacto positivo nas comunidades por trazer benefícios diretos aos moradores na forma de menos poluição, fim das enchentes, incentivo à reciclagem, conscientização sobre os malefícios do descarte e destinação incorreta do lixo. São melhorias que irão beneficiar as próximas gerações.

Em apenas dois meses, depois que iniciamos uma forte campanha de mudanças de hábitos com a substituição das sacolas descartáveis pelas reutilizáveis, contribuímos para evitar uma grande agressão ao meio ambiente. Ou seja, deixamos de distribuir 4 mil toneladas de sacolas, que, se amarradas umas às outras dariam 9 voltas em torno do planeta. Podem acreditar! Este é o tamanho do impacto das sacolas descartáveis no meio ambiente.

Felizmente, o Brasil vem discutindo cada vez mais o tema sustentabilidade. O setor de supermercados, que sempre esteve na vanguarda de ações de interesse dos consumidores, pela sua proximidade com a população, entendeu a urgência desse assunto e convocou seus pares para o debate há bastante tempo. A APAS assumiu o papel de fomentar essa discussão no setor e hoje empresas de todos os portes praticam ações de sustentabilidade e responsabilidade social, com significativos benefícios para a sociedade. Como ação institucional, alinhou-se às iniciativas promovidas pelo governo, tendo como objetivo prestar o melhor serviço aos consumidores sempre de forma sustentável.

Ao analisar as ações da APAS – Associação Paulista de Supermercados, percebemos o quão importante foi dar este primeiro passo, assumindo a bandeira em prol do meio ambiente, com o incentivo à substituição das sacolas e o fim da cultura do descarte. A campanha pelo uso racional das sacolas descartáveis, que segue as orientações do PPCS – Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis do Governo Federal e o acordo assinado com o Governo do Estado São Paulo tem produzido resultados muito positivos. Cidades como Jundiaí, Americana, Monte Mor, Marília e a capital mineira Belo Horizonte, dentre outras, que implantaram o programa há mais tempo já comemoram grandes resultados e são exemplos para o Brasil de como a população respondeu e aderiu aos novos hábitos de consumo não-poluidores. Nos municípios paulistas não será diferente. Esse programa vem colaborar e atender em grande parte o cumprimento das normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que começa a vigorar em 2014. Sempre lembrando de Xanxerê, que no dia primeiro de abril, completou 3 anos sem sacolas plásticas de uso único. Xanxerê foi a cidade pioneira no país a banir as sacolas plásticas.

O Brasil está atento ao movimento que está sendo feito em São Paulo – da mesma forma que cidades americanas como Los Angeles, que acaba de aprovar uma lei de banimento das sacolas descartáveis – para ajudar as cidades a se tornarem mais limpas, saudáveis e sustentáveis. Entretanto, aqueles que se beneficiam do “status quo” do descarte pelo descarte polemizam o assunto, liderando movimentos contrários à iniciativa do PPCS, insistindo na proposta de práticas insustentáveis. O senhor João estaria se referindo à máfia do plástico?

Permanecer na mesmice ou se acomodar é o mesmo que ser negligente, é ser irresponsável com as futuras gerações e com as populações que hoje mais sofrem devido à perda de patrimônio e doenças, em função de enchentes provocadas pelos entupimentos de bueiros e poluição dos rios. É uma posição cômoda para os que não têm respeito ao próximo e são resistentes a mudanças. É a posição que a máfia do plástico assumiu, porque está preocupada apenas em produzir o máximo possível de sacolas sem a responsabilidade de dar destinação correta pós consumo destas sacolas. Isso é um crime contra a humanidade. Este é o verdadeiro capitalismo selvagem.

Os supermercadistas estão em todos os bairros de todas as cidades e vivenciam os malefícios que nossa população sofre. De nada adiantaria, por exemplo, reincorporar os preços das sacolas descartáveis ao custo dos produtos e continuar a piorar a qualidade de vida de cidades, cada vez mais populosas. A população brasileira dobrou nos últimos 40 anos. Éramos 90 milhões em 1970 e, hoje, o IBGE aponta 190 milhões de brasileiros, dos quais 85% vivem em cidades, produzindo montanhas de lixo todos os dias. O descarte crescente de materiais é incompatível com a necessidade de preservar recursos e garantir qualidade de vida para as próximas gerações, em busca de uma sociedade sustentável.

Não devemos retroceder. O segmento que não se alinhar à causa da sustentabilidade, hoje uma pauta mundial, corre o risco de ser responsabilizado por apoiar projetos e ideais que prejudicam o meio ambiente.

Estamos conscientes de que a metodologia atual de redução de sacolas descartáveis trouxe alguns desconfortos, principalmente no caso de compras emergenciais ou daqueles que simplesmente se esqueceram de trazer a sua sacola. Por esta razão, informamos que, nos próximos dias, apresentaremos às autoridades (Governo do Estado, Prefeitura, Ministério Público, PROCON) uma sugestão de aperfeiçoamento do programa no sentido de compatibilizá-lo ainda mais com o PPCS.

Trata-se de uma questão de adaptação aos novos hábitos e comportamento. A cultura do desperdício não é mais compatível com um povo que busca por uma sociedade sustentável. Minimizar os impactos ambientais é um caminho sem volta para nós brasileiros.

Para finalizar, quero agradecer aos consumidores do estado de São Paulo que estão dando um grande exemplo de cidadania.

João Galassi – Presidente da Associação Paulista de Supermercados

A FUNVERDE parabeniza a APAS e a todos os habitantes de São Paulo pela mudança de comportamento que beneficiará esta e todas as gerações futuras, que herdarão um cidades mais limpas e menos poluídas pelas sacolas plásticas, que correspondem a 10% do lixo gerado diariamente.

Sacolas retornáveis em todo o país, já!

This Post Has One Comment

  1. Meu deus, ”Mafia do plastico”? tome vergonha na cara, fim do econazismo ja! É igual a lorota do aquecimento global ou do ”fim da amazonia”, algo completamente impossivel de acontecer por mais que cortem todas as arvores pela umidade da região.

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