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Falta de dinheiro não é desculpa para não ser sustentável

A disseminação de práticas e produtos sustentáveis passa necessariamente pelo varejo

A disseminação de práticas e produtos sustentáveis passa necessariamente pelo varejo, que tem papel-chave nesse processo. Isso porque é o varejista que está próximo do consumidor e este compra produtos com base em escolhas prévias do comerciante. Assim, se o comerciante colocar em suas gôndolas produtos piratas, produzidos por empresas que ainda não adotaram o tema da sustentabilidade, ou que desperdiçam os recursos naturais, esses itens ganharão mais mercado.

O pequeno varejista também pode incluir em seu negócio práticas sustentáveis e, para tanto, não precisa desenvolver grandes projetos. Falta de caixa não é justificativa para não fazer nada. “Ele pode sugerir para a sua cadeia de suprimentos usar menos embalagem, gerir a loja de forma mais “verde”, ou seja, com mais janelas, economizar água, luz, contratar aprendizes, portadores de deficiência etc.”, sugere Roberta Cardoso, coordenadora-técnica do Programa de Sustentabilidade no Varejo do Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getúlio Vargas (GVcev). Que fique claro, lembra ela, que se a empresa pequena não consegue abraçar todas as áreas ao mesmo tempo, pode escolher, em todo caso, um primeiro passo.

Outras duas práticas podem ser consideradas pelo pequeno varejo. Uma é dar oportunidade para os fornecedores de sua região, fomentando assim o desenvolvimento local, que consequentemente irá gerar renda na região e beneficio social, econômico e ambiental. Pode estimular também entre seus clientes a prática do consumo consciente, oferecendo informações, ou eliminado a sacola plástica, entre outras ações. “O varejo tem todas as condições de estimular um mercado sustentável no Brasil, conversando com sua comunidade, esclarecendo-a sobre os produtos que adquire, estimulando-a a participar do processo”, acrescenta Roberta.

Definição

Sustentabilidade, define a técnica do Centro de Excelência, é minimizar os impactos negativos e maximizar os positivos na sociedade, incluindo os sociais e ambientais. Para praticá-la, o comerciante tem de fazer a releitura de suas atividades, conhecer os impactos que ela gera na sociedade e no ambiente e verificar o que pode ser mudado. “Não é necessário criar programas especiais. Sustentabilidade não é algo à parte do negócio. Precisamos de mudança no dia a dia e em todas as ações”, defende Roberta, sem deixar de alertar que é possível identificar quando uma empresa está praticando a sustentabilidade ou quando está usando-a apenas para promoção. “Os fatores de diferenciação são a intenção, algo difícil de ser medido, e a coerência entre as ações. É preciso coerência e consistência entre o discurso e a prática.”

Fonte – Evandro Monteiro, Diário do Comércio de 29 de novembro de 2010

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