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Inverdades que lemos nos blogs contra o plástico oxi-biodegradável

sylvia77 

Blog do Planeta – blog da Revista Época – de 12 de janeiro de 2009

A briga entre quem defende os plásticos oxi-biodegradáveis (que se decomporiam no meio ambiente em pouco tempo) e os que não acreditam nisso é constante. E parece estar longe de ter um fim. Esse tipo de plástico é usado em sacolinhas de compras de alguns supermercados e lojas. Depois da publicação do post “Isso já foi um plástico” aqui no Blog, o Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida) se manifestou para defender sua posição.

O instituto, ligado aos fabricantes de sacolas plásticas, acredita que esse tipo de plástico não sofre a decomposição que seu nome indica, mas apenas se divide em pequenos fragmentos, como um pó. Existem estudos de vários países que apontam que o plástico oxi-biodegradável não se decompôs no tempo determinado e que por isso não seria verdadeira a sua denominação de “biodegradáveis”. Do outro lado da briga está a empresa que fabrica o aditivo que provocaria a decomposição. Ela afirma que têm em sua defesa estudos provando a eficácia do aditivo.

O Instituto Plastivida alega que além da mentira que envolve o nome dado ao plástico, ele se torna uma espécie de pó. Segundo um documento do instituto, esse pó “facilmente irá parar nos córregos, rios, represas, lagos e mares. Isso significa que nossa geração poderá beber involuntariamente o plástico oxi-degradável misturado à água. E mais: os fragmentos poderão ser ingeridos por animais silvestres, pássaros e peixes, causando danos ambientais e econômicos, com consequências imprevisíveis”.

O instituto alerta também que o aditivo usado nesses plásticos atrapalha a reciclagem das sacolas. “[as sacolas plásticas com aditivos] Prejudicam as propriedades mecânicas dos produtos reciclados quando misturadas com as sacolas plásticas convencionais (sem aditivos), pois reduzirão sua resistência, tornando-as mais frágeis e, consequentemente, aumentando seu consumo”.

***

Somente analisando o que está escrito no blog [… O instituto, ligado aos fabricantes de sacolas plásticas, acredita …] Então já sabemos pelo próprio instituto que o instituto é ligado ao setor do plástico, foi fundado pela indústria de plásticos, é mantido financeiramente pela indústria de plásticos, para defender as sacolas plásticas, isto é, a plastificação do planeta.

E a última palavra ACREDITA, acreditar sem provas é fofoca, onde estão estes estudos a que eles se referem? Estudos científicos, laudos, não palpites e documentos de uma página sem fundamentação científica.

[… Esse tipo de plástico é usado em sacolinhas de compras de alguns supermercados e lojas …] Como assim? No estado do Paraná, só para exemplificar, todo o varejo, desde abril de 2008 é obrigado a utilizar sacolas de uso único de rápida degradação, seja oxi-biodegradável ou de papel, sob pena de multa diária, assim como em diversos estados e cidades em que já existe a lei da obrigatoriedade do uso do plástico oxi-biodegradável.

Devemos lembrar que não existe solução perfeita, exceto o uso de sacolas retornáveis evitando o uso de qualquer sacola plástica de uso único.

Quando nas tempestades os bueiros são entupidos pelo lixo causando enchentes e perda de vidas humanas o setor do plástico não se manifesta, muito menos o instituto criado para defender o plástico.

Agora, quando existe uma nova tecnologia, que já tem dezenas de laudos – veja bem que dissemos laudos, não palpites como sempre dá o instituto – internacionais e nacionais, levando políticos a criarem leis com base nestas dezenas de laudos para desplastificar o país, aí vem o instituto com o seu achômetro dizendo que isto não funciona.

Temos que trabalhar com a lei do menor impacto, o que é pior, um plástico que demora 500 anos para se
degradar ou um novo plástico que em 18 meses já terá se oxi-biodegradadado, restando apenas uma quantidade ínfima de CO2 água e biomassa?

Não se aplica mais nesta tecnologia o princípio da precaução, porque se temos universidades conceituadas internacionais e nacionais, pesquisadores comprovaram a eficácia e segurança da tecnologia, então porque não utilizar uma tecnologia que atualmente é a solução para as montanhas de plástico que encontramos em qualquer lugar para que se olhe.

[…Existem estudos de vários países que apontam que o plástico oxi-biodegradável não se decompôs no tempo determinado …] estão utilizando uma norma de 6 meses para biodegradabilidade na malandragem, para confundir o consumidor, mas quem inventou esta norma? 6 meses – biodegradação – está mais próximo de 18 meses – oxi-biodegradação – do que de 500 anos – plástico convencional -, vocês não acham?

[O Instituto Plastivida alega que além da mentira que envolve o nome dado ao plástico, ele se torna uma espécie de pó. Segundo um documento do instituto, esse pó “facilmente irá parar nos córregos, rios, represas, lagos e mares. Isso significa que nossa geração poderá beber involuntariamente o plástico oxi-degradável misturado à água. E mais: os fragmentos poderão ser ingeridos por animais silvestres, pássaros e peixes, causando danos ambientais e econômicos, com consequências imprevisíveis”.] Onde está a prova de que o instituto está falando? Documento? O xico das esmeraldas já nos mostrou este documento – nos entregou uma folhinha amassada que ele denominou de laudo aos berros, o cara estava histérico mesmo, em meio à uma reunião na FECOMÉRCIO Federação do Comércio do Estado de São Paulo – um monte de palpites escrito em apenas uma página, sem fundamentação científica, ao contrário de todos os volumosos laudos que recebemos constantemente, vindos das mais conceituadas universidades brasileiras e internacionais desde 2005, laudos que enviamos para nossos químicos voluntários analisarem. Queremos estudos, laudos e não uma folha falando qualquer coisa que interessa ao instituto, sempre lembrando que o instituto defende o setor dos plásticos.

[O instituto alerta também que o aditivo usado nesses plásticos atrapalha a reciclagem das sacolas. “[as sacolas plásticas com aditivos] Prejudicam as propriedades mecânicas dos produtos reciclados quando misturadas com as sacolas plásticas convencionais (sem aditivos), pois reduzirão sua resistência, tornando-as mais frágeis e, consequentemente, aumentando seu consumo”.] Outro achômetro sem provas, porque temos LAUDOS atestando que o plástico oxi-biodegradável pode ser reciclado sem perda de resistência do material reciclado.

É estranho, muito estranho que este instituto, que não tem nada de ambiental – muito pelo contrário, por causa do plástico oxi-biodegradável inventaram uma tal de sacola que leva 30% a mais de plástico, esquisito … – acredite que repetir uma mentira muitas vezes transforme esta mentira em uma verdade.

Porque eles não financiam projetos de reciclagem? Porque eles sabem que o plástico não tem valor para reciclagem, eles sabem que menos de 1% do plástico é reciclado no país, mas continuam defendendo quem os paga, não importa quantos animais morram ao ingerirem este plástico, quantos humanos morram ou percam seus bens em enchentes ocasionadas por plásticos, o que importa é defender o setor plástico, mesmo que o planeta e os humanos de hoje e de amanhã sofram por causa de seu produto.

O instituto, como diz no artigo, é uma parte das petroquímicas que estão ganhando com o processo, por isso, não pode existir uma imparcialidade no processo.

Quando a FUNVERDE acordou o país para o problema da plastificação de nossos fundos de vales, rios, lagos e mares – isso em 2005, tendo sido esta preocupação que nos levou a criar o projeto sacolas ecológicas oxi-biodegradáveis e retornáveis -, a grande preocupação era o planeta, e não o processo em si.

Escolhemos a tecnologia do plástico oxi-biodegradavel depois de um ano de pesquisa, em que procuramos a melhor tecnologia para desplastificar o planeta sem grandes mudanças, para que fosse o menos traumático e rápido possivel e o plástico oxi-biodegradável foi a tecnologia eleita por nós para ajudar no processo, evitando montanhas e montanhas de plásticos em todos os lugares, desde arvores a lixões e aterros sanitários – 20% de tudo o que está nos lixões e aterros é composto de plástico e menos de 1% é reciclado -. No processo que o Instituto está defendendo de se fabricar sacolas com 30% a mais de plástico e nada de reciclagem usando o plástico convencional eterno – me diga que 500 anos não é uma eternidade – continuará poluindo o planeta por muitos séculos ainda mais, afinal a sacola será 30% mais grossa, levará em sua composição 30% a mais de plástico, pura malandragem.

Sabemos que não podemos deixar uma herança desta magnitude aos nossos descendentes, por isso, nós da FUNVERDE, defendemos o uso do plástico oxi-biodegradável que não deixará este enorme problema para os que ainda nem nasceram resolver.

A melhor opção é não usar plásticos de uso único como estamos usando agora, afinal é uma insanidade demorar 1 segundo para fabricar uma sacola, usar esta sacola por no máximo meia hora e depois deixar esta herança por muitos séculos.

Temos que utilizar sacolas retornáveis que impactam muito menos o meio ambiente e utilizar o plástico oxi-biodegradável para embalar produtos para aproximar o ciclo de vida da embalagem ao ciclo de vida do produto – outra insanidade é consumir um iogurte por 5 minutos e depois deixar a embalagem para nossos mais longínquos descendentes.

O Instituto não quer enxergar que esta tecnologia não gera desemprego nas fabricas de plásticos, que não é necessário investimento em novos equipamentos em fabricas que hoje já produzem plástico convencional e passam a produzir plástico oxi-biodegradavel, o uso do plástico oxi-biodegradável não muda em nada o processo atual de fabricação.

O que o instituto enxerga é que as petroquímicas deixarão de vender 1% – sim, apenas um por cento – do plástico para as fábricas que estarão produzindo plástico oxi-biodegradavel.

Com a tecnologia do plástico oxi-biodegradável não precisaremos plantar nenhum alimento fazer o plástico biodegradável – consumindo sem necessidade dois recursos naturais imprescindíveis para a sobrevivência humana, que são água e solo fértil, utilizados para plantar milho, batata, mandioca, que devem ser utilizados para alimentação de humanos para fabricar plástico biodegradável -, nem deixar a nafta ser queimada nas refinadoras de petróleo, gerando diretamente o co2 no meio ambiente – para cada barril de petróleo refinado, existe uma sobra de 5% a 7% nafta, que se não for utilizada para fabricar plástico, será queimada imediatamente, sem ao menos ter uma utilizada para a humanidade.

Sempre pedimos que todos usem do bom senso, e o bom senso está ligado a esta nova tecnologia do plástico oxi-biodegradavel, amplamente testada e utilizada em dezenas de países. Se as petroquímicas ganham hoje 100%, passarão a ganhar 99% e as fábricas que estão produzindo plástico com esta tecnologia do oxi-biodegradável ganha 1%, nós usuários sempre pagaremos por isso, não importa qual será a indústria. O diferencial é que o meio ambiente estará sendo MENOS impactado com o plástico oxi-biodegradável do que com o plástico convencional eterno – lembre-se sempre de que quase 90% das nossas cidades não tem aterros sanitários, tem lixões a céu aberto e que a reciclagem no país não chega 1% -, o planeta agradece e a humanidade também.

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