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Laudos confirmam que sanepar joga merda na água dos rios mas iap diz que é normal

O que se faz em um caso como este, se nem com o iap podemos contar? Para quem não sabe, iap quer dizer instituto ambiental do Paraná.

Já faz dois anos que estamos denunciando que a sanepar  joga merda liquidificada nos nossos rios, que não trata o esgoto, tratamento pelo qual pagamos 80% da fatura de água e mesmo assim o órgão que deveria multar fica quieto, subserviente e vamos parar com os adjetivos por aqui, porque senão vai complicar …

Quem nos protegerá?

Chamem o Homem Aranha, o Super Homem, o Batman e o Robin ou qualquer outro super herói, porque certamente o iap não está fazendo seu serviço.

Leia abaixo.

Jornal O Diário do Norte do Paraná de 22 de outubro de 2009

Índices – de merda – estão acima, mas IAP acha normal

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apresentou esta semana os resultados dos exames laboratoriais das coletas que fez nos ribeirões Mandacaru e Maringá, que recebem resíduos das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) 1 e 3, da Sanepar em Maringá. Segundo o chefe do instituto, Paulino Mexia, “os resultados mostram que as estações estão operando no limite máximo permitido pela lei, mas não estão irregulares”.

Continue com a conversa para boi dormir, estamos ouvindo.

Os dados contrariam laudos da própria Sanepar, inclusos numa ação movida pela Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, que mostraram que, em cinco coletas feitas entre janeiro e maio deste ano, as duas estações estavam irregulares. Paulino também disse que as estações que estavam sem licença ambiental, agora já estão regularizadas.

Hmmm …

O chefe do IAP justificou que os novos laudos indicam que as ETEs 1 e 3 estão dentro de uma margem permitida “e por isso, a Sanepar não será multada agora”. Mas advertiu que “as estações estão no máximo do máximo e a Sanepar precisa se preocupar com isso”.

Mas, se não se preocupar o iap fará o que? O mesmo que estão fazendo agora: NADICA DE NADA!

Os laudos do IAP mostram que a emissão de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) das amostras colhidas no dia 15 de julho, era de 65 ml/l na ETE 3 e a coleta do dia 29 de outubro, na ETE 1, era de 72 mg/l. A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), nº 357, estabelece que o valor máximo da DBO é de 60 mg/l, bem menos do que os valores encontrados pelo IAP.

A informação de Marli Vieira Lino, técnica responsável pelo laboratório do IAP em Londrina, que assina os novos laudos, é que apesar dos valores encontrados estarem acima da norma, os técnicos do IAP têm liberdade para interpretar os dados, segundo normas do próprio instituto.

Liberdade para interpretar … hmmm … suspeito …

“Para dizer que aquele valor encontrado significa poluição ou não, precisamos da interpretação do fiscal que fez a coleta”, disse. Professores do Laboratório de Análise de Água da Universidade Estadual de Maringá (UEM) preferiram não se manifestar sobre os laudos do IAP, apesar de reconhecerem que os valores indicados estão acima da resolução do Conama.

Os mesmos laudos do IAP mostram que a Demanda Química de Oxigênio (DQO) das amostras colhidas nos dois ribeirões que recebem descargas das lagoas de tratamentos 1 e 3, também estão acima do permitido pelo Conama.

Na ETE 1, a DQO estava em 264 mg/l e na ETE 3, estava em 242 mg/l. O Conama estabelece como valor máximo 150mg/l. O PH da água, segundo o Conama, deve ficar entre 5 e 9 e os laudos do IAP mostram que nas datas das coletas ele estava em 7,10 e 7,20.

Ah, Paulino. Vá tomar um copo de água na saída do ETE do Córrego Maringá vá. Se você fizer isso, acreditaremos que você acredita no que diz.

Novos laudos serão juntados ao processo

O promotor de Defesa do Meio Ambiente de Maringá, Manoel Ilecir Heckert, informou ontem que os novos laudos do IAP devem ser encaminhados para Curitiba, para fazerem parte da ação que a promotoria estadual move contra a Sanepar local, mas o prosseguimento ou não da ação vai depender da análise técnica desses laudos. Se no período anterior, quando a emissão de resíduos das lagoas estavam acima do permitido, houve prejuízo à saúde da população e ao meio ambiente, a ação prossegue, “mas caso isso não seja comprovado, a ação pode ser arquivada”, explicou.

Continua muito acima do permitido, Só não vê quem acha conveniente não ver.

As denúncias de que as estações que atendem à zona norte de Maringá (ETEs 1 e 3) estavam poluindo importantes mananciais, despejando esgoto com cargas poluentes bem acima do permitido pela legislação, e funcionando sem as licenças ambientais do IAP, foram feitas em agosto pelo O Diário, com base em documentos da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Maringá. As duas denúncias, conforme a Lei Orgânica do Município (LDO) de Maringá, podem levar à cassação da concessão.

O Capítulo 5 da Lei Orgânica do Município, que trata das Obras e Serviços Públicos, determina, no seu Artigo 91, parágrafo 3º: “O município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato”. O Artigo 92, item 1º, que trata da fiscalização e rescisão da concessão prevê nos itens 4º e 5º “a obrigação de manter serviço adequado” e a “obrigação rigorosa de atender aos dispositivos de proteção ao meio ambiente”.

Eles continuam jogando merda em nossos rios e os únicos que poderiam detê-los estão olhando para o outro lado. Isto é a cara do Brasil.

Saiba mais nos links abaixo.

http://funverde.wordpress.com/2008/12/22/materia-do-sbt-com-a-funverde-sobre-o-tratamento-de-esgoto-da-sanepar/

http://funverde.wordpress.com/2008/12/04/projeto-mata-ciliar-funverde-29-de-novembro-de-2008/

http://funverde.wordpress.com/2006/11/11/11-novembro-2006-sabado/

 

Este Post tem 2 Comentários

  1. De acordo com os relatorios de analise feita pelo proprio laboratorio da sanepar os valores das analises sempre estao acima do permitido pelo comana. Voce pode verificar esses valores indo a qualquer estação que esta esposto no painel de indices com varios relatorios de ICE e analises feitos pelo laboratorio.

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