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Reunião ordinária do COMDEMA

Hoje foi dia de reunião ordinária do COMDEMA – conselho de defesa do meio ambiente de Maringá.

A quem interessar possa, a reunião ocorre todos os meses, de fevereiro a novembro, na primeira quinta feira do mês às 18:30.

Estou dizendo isto porque a população não comparece, não se interessa, não sugere, mas depois fica descendo o pau, reclamando de tudo.

Como pode isso, será que é uma característica do brasileiro?

Chegue perto de uma rodinha de amigos ou amigas – é meninos, não são só as meninas não – e comece a prestar atenção aos papos.

Depois de se esgotarem os papos sobre carro, roupa, namorados, amante dos outros, aquele papo absolutamente superficial, vem a fococa, e depois da fofoca, em último lugar vem as preocupações coletivas.

Mas nunca em forma de sugestão, em forma de ação, mas sempre em forma de reclamação.

Isso me irrita demais, porque o povo reclama de tudo, mas peça para alguém se unir a você para mudar a situação.

Vixi, sai faisca. É um tal de sou ocupado ou ocupada demais, não tenho tempo para nada.

Claro animal, perde tempo com futilidade, vai sobrar tempo para que.

Com o tempo que o povo passa reclamando – e o interessante é que vai num crescente, se um reclama de algo outro tem que reclamar de algo pior ou se sentir mais indignado que o primeiro pelo problema – daria tempo de se organizar e traçar um plano para resolver o problema.

Se as pesoas se unissem para resolver os problemas, o único problema que restaria seria o que fazer com os políticos – porque estes não tem jeito, sãos uns safados sem solução –  porque os outros problemas seriam facilmente resolvidos.

Nisto invejo os argentinos – só nisso Soria – porque eles se unem e resolvem os problemas.

Aqui é cada um por si e que o mundo se exploda.

Li ontem uma pesquisa interessante. Perguntaram para várias pessoas se elas preferiam ter 80% de aumento e os colegas 100% ou se elas preferiam ter 40% de aumento e os colegas 0% – vou confirmar estes números e se não baterem arrumo, só preciso ver onde li isto, acho que foi na veja. você acredita que a maioria preferiu a segunda opção?

A principal preocupação das pessoas não está em crescer, mas impedir que seu vizinho cresça.

O brasileiro é individualista, é por isso que mudei meu pensamento sobre leis.

Quando criamos o PROJETO SACOLAS ECOLÓGICAS éramos contra a criação de  leis que obrigassem o segundo setor, o produtivo, quem usa as sacolas a utilizarem as sacolas ecológicas, oxi-biodegradáveis.

Fizemos uma lei para o primeiro setor, o governo, aquele que só cobra, de impostos a obrigações, mas que nunca faz sua parte a utilizarem sacos de lixo oxi-biodegradáveis, tanto na administração direta como indireta.

Isto porque sabemos que o governo é bom de cobrar mas é péssimo em fazer o dever de casa. Mas isto também tem uma explicação. Nada custa, o dinheiro não sai do bolso dos governantes, sai do nosso bolso.

Mas não contávamos com o egoísmo do segundo setor – menos em Maringá, onde a aceitação está sendo tranquila, os comerciantes entendem que a sorte do planeta depende também de atitudes deles –  então, quando as primeiras leis começaram a ser copiadas, tivemos que dar apoio, porque vimos que não é uma questão de preço, mas que as pessoas recusam o novo, mesmo com argumentos sólidos e como não está sobrando tempo para o planeta, optamos por apoiar estas leis.

Só não contávamos que a petrobrás e as petroquímicas, por causa da perda de 1% do seu lucro multibilonário, estivesse disposta a sacrificar o planeta.

Isso me lembra o que ocorreu na audiência pública, ninguém – que não estivesse ligado às petroquímicas – apareceu.

Sei que tem muita gente que apoia o projeto, mas na hora que tem que participar, as pessoas sempre pensam, alguém irá, minha presença não fará falta.

Atitude de brasileiro. 

Isto que dá ficar tanto tempo sem postar, assunto demais.

Falando um pouco da reunião do COMDEMA, a câmara técnica de recursos hídricos se reuniu 2 vezes, nas duas vezes convocou todos os conselheiros – 23 conselheiros – porque o plano de recursos hídricos da cidade é de interesse de todos e ninguém foi, na segunda reunião creio que estávamos em 3 ou 4, nem tirei fotos e daí, na hora que fomos fazer o relato na reunião extraordinária, dizendo que primeiro a câmara iria formular uma proposta de lei e depois estruturar um plano diretor de recursos hídricos da cidade, um conselheiro, que não presta atenção nas reuniões, comete a maior falta de educação que é sempre estar conversando enquanto outros conselheiros estão tratado de assuntos sérios e nem adianta o presidente tocar a campainha, porque ele não para de fofocar, conselheiro este que não participou de nenhuma das reuniões da câmara técnica – dá trabalho participar, melhor é reclamar, da mais visibilidade – pediu vistas ao processo, atrasando a câmara técnica em pelo menos 30 dias, tempo em que a câmara poderia estar escrevendo a lei –  porque seu ego quis brilhar.

Quando fomos tomar satisfação com o conselheiro Hermam, ele disse que não tinha entendido o relato.

Claro que não entendeu, Hermam, pois enquanto o conselheiro Lourenso relatava as reuniões você estava preocupado em contar piadinhas para quem estava ao seu lado, dando risinhos infantiloides, e mesmo enquanto o presidente tocava a campainha para você se calar, você continuava a gargalhar e conversar com seus vizinhos.

Bela atitude de um conselheiro, ainda mais que atrapalhou um processo em andamento.

Novamente, atitude típica de brasileiro, que pensa assim, tá, vou participar de tal coisa, mas como é chato, vou estar lá mas vou tentar me divertir fazendo alguma coisa menos chata.

E os problemas se acumulam por puro egoismo.

Reclamar sim, dá ibope, mas resolver problemas dá trabalho, toma tempo.

Quando é que as pessoas irão começar a se envolver, entender que pessoas do Século XXI agem, não reclamam?

Só se preocupar não adianta, tem que se ocupar em resolver.

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