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Palestra sobre a semana do meio ambiente – 30 de maio de 2007

A câmara municipal de Maringá fez uma semana de paletras sobre o aquecimento global.

No ano inteiro, os vereadores não fazen nada pelo planeta, daí, gastam horrores em propaganda na semana do meio ambiente, propaganda na tv, rádio, folders, convites para fingir que estão preocupados. Ora, me poupem senhoras e senhores vereadores.

Eu gostaria de saber quanto custou essa brincadeirinha.

Cadê as leis para punir quem lava as calçadas com mangueira, leis para multar quem não recicla, leis para multar quem não recolhe cocô dos seus cachorrinhos nas suas saidas diárias para levar o totó para emporcalhar nossas calçadas.

Cadê as leis para calçada ecológica, proibição de uso de lâmpadas incandescentes, registro de água individual em prédios velhos e novos, obrigatoriedade de uso de cisternas em construções novas.

Falar em desconto de IPTU para quem segue normas de construção ecologicamente correta então, nem pensar, porque diminuindo impostos diminui a mamata.

No Brasil inteiro estão fazendo leis para regular o uso da sacola oxi-biodegradável e aqui nenhum dos 13 vereadores – que na proxima gestão serão 23, claro, cabide de emprego com nosso dinheiro suado – se interessou em escrever essa lei, escrever não, que já está escrita, copiar e votar.

Só fizeram a lei para multar quem deixa entulho nos quintais depois de várias pessoas morrerem de dengue e aposto que nem foi sugestão deles, deve ter sido da prefeitura.

O negócio é comprar vectra novo – sem identificação, por sinal, conforme a resolução 532 que disoõe sobre a utilização e identificação dos veículos pertencentes à câmara municipal de Maringá, em que cada carro tem que ter nas portas escrito PODER LEGISLATIVO, USO EXCLUSIVO EM SERVIÇO, o brasão do município e seu número – comprar laptop de 2 mil Reais por mais de 10 mil Reais e outras besteirinhas mais.

Claro, nada custa, vem do bolso do contribuinte da classe média, que leva estes e todos os políticos da pátria amada idolatrada salve salve nas costas.

somos escravos do século XXI.

Isso que citei acima são coisinhas, besteirinhas que chegam aos nossos pobres ouvidos, imagine o que não é descoberto.

Mas, pelo menos o ciclo de palestras incluiu uma pessoa muito especial, que merece sempre ser ouvida, que é o Doutor Ilecir.

Fomos somente na palestra do Dr Manoel Ilecir Heckert, Promotor do Meio Ambiente de Maringá e coordenador de 28 Promotorias de Meio Ambiente na recuperação de mata ciliar.

Este é um homem consciente, justo e competente – e com tinta na caneta, a qual usa com sabedoria.

Pena que não existam muitas pessoas como ele, um homem honesto, que usa o poder para melhorar o mundo. 

Neste país em que autoridades, políticos, estão envolvidos num mar de lama, roubando descaradamente, um país onde um presidente de partido que foi no Jô Soares disse que a estimativa é que sejam desviados 250 bilhões por ano em corrupção, e que se ele disse essa cifra, você pode multiplicar chegando à astronômica soma de 1 trilhão em corrupção.

Vou colocar os zeros, para ficar mais assustador, 1.000.000.000.000.

É por isso que temos tanto orgulho de tê-lo como promotor, ele não tem medo de lambari nem de tubarão, faz de nossa cidade um lugar melhor para se morar.

Falou para um auditório lotado de estudantes do ensino médio sobre o saber dos problemas mas não se envolver, que era hora de parar de só assistir no jornal que o mundo está acabando e continuar achando que o problema está longe de nós e lutar para que ele não acabe com a mudança de nossas atitudes.

Contou uma historia velha, mas ao mesmo tempo atual, sobre o rato e a ratoeira.

Vou resumir, me desculpe Ilecir, mas não sei contar tão bem como você, mas farei o possível.

Certo dia a dona da fazenda chegou com um pacote em casa, na cozinha da fazenda.

O ratinho viu ela chegando, curioso com o conteúdo do pacote.

Mais tarde, ele conseguiu ver o que tinha dentro e ficou assustado, pois viu que era uma ratoeira.

Ele ficou muito preocupado e foi correndo para fora comentar que tinha um grande problema acontecendo na fazenda.

O primeiro animal que encontrou foi a galinha. A galinha ouviu o relato do ratinho e disse: – isso não é um problema para a fazenda, eu não me preocupo com ratoeiras, o unico afetado será você.

Indignado, o ratinho saiu à procura de outros animais para contar o grande problema que tinha na fazenda.

Um a um, foi relatando para o porco, a ovelha e finalmente para o boi.

Sempre ouvia a mesma resposta, isto é um problema seu ratinho, nós somos grandes, não seremos afetados por uma simples ratoeira.

No outro dia, a cobra passou perto da ratoeira e o rabo ficou preso na ratoeira.

A dona da casa, ouvindo o barulho da ratoeira, foi verificar a ratoeira e acaba sendo picada pela cobra e vem a falecer.

Como a dona da fazenda era muito conhecida na cidade, vieram muitas pessoas ao funeral e o dono da fazenda precisou alimentar todos os visitantes.

Então, ele mata a galinha, mas eram muitos os visitantes e a comida não era suficiente para matar a fome dos visitantes, então ele mata o porco, mas ainda não é o suficiente.

Então ele se vê obrigado a matar a ovelha e ainda assim não há comida para todos.

Por fim, ele tem que matar o boi para saciar a fome das pessoas que vieram para o velório.

Moral da história, moramos nesta bolinha azul, onde o que acontece a um, acontece a todos.

É o efeito borboleta.

Adorável história.

esse é só um lado do auditório, esqueci de tirar fotos do lado direito, que é do mesmo tamanho, o auditório ficou lotado, com pessoas em pé assistindo a palestra.

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