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Cidade do México inicia cruzada contra as sacolas de plástico

Nova Lei de Resíduos Sólidos estabelece que o comércio cobre pelas sacolas a partir desta quinta

Quer uma sacola? Pois são 2 pesos. Ou 3, ou 1, o que cada negócio determinar. O que sim é fato é que a sacola não sairá mais de graça na Cidade do México a partir desta quinta-feira, com a entrada em vigor da nova Lei de Resíduos Sólidos. O governo da capital espera, assim, diminuir o consumo de sacolas de plástico, que, calcula-se, supera os 20 milhões de unidades diárias somente no Distrito Federal.

As tradicionais bolsas que costumam ser oferecidas pelos supermercados são fabricadas a base de petróleo e, dependendo de sua espessura, podem demorar várias centenas de anos para se degradar sozinhas. Para amenizar esse impacto ambiental, a partir desta quinta, 19 de agosto, os comerciantes da capital mexicana deverão cobrar as sacolas de plásticos dos clientes, que além disso deverão ser biodegradáveis. Do contrário, se arriscam a serem presos por 36 horas e pagar multas que variam de mil a 20 mil dias de salário mínimo mexicano.

A Lei de Resíduos Sólidos foi aprovada em agosto do ano passado. A partir de então, a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Distrito Federal dispôs de um ano para estudar e determinar todos os pormenores da legislação.

Mas agora que a data está para chegar, nem muitos os negócios da capital estão preparados para a mudança nem há consenso sobre as regras da nova lei. “Aqui não sabemos. Ainda não nos disseram nada”, comentou terça-feira um dos empacotadores de um supermercado no centro, pertencente a uma das maiores cadeias do México. Na loja de conveniência da esquina, também pertencente a um conhecido grupo empresarial, tampouco havia muita informação, salvo que os funcionários estão esperando “que a companhia mande um comunicado com os detalhes”.

Que falta de vergonha na cara, parece o Brasil. A lei dá um ano para se adaptar e chega na hora todo mundo quer dar um jeitinho de empurrar o prazo com a barriga ou derrubar a lei de vez, o que for mais conveniente, desde que não se tenha que mudar nada. Ô gente acomodada, ô gente preguiçosa, ô povinho do século passado.

Na véspera da entrada em vigor da lei, nem o supermercado nem a loja tinham sacolas biodegradáveis à disposição, nem sabiam quanto iriam cobrar por elas. A lei recebeu numerosas críticas. As da Associação Nacional de Indústrias do Plástico (Anipac) talvez fosse de se esperar. Mas até o Partido Verde tinha fortes objeções à medida. De ambas perspectivas, em comum há a reclamação de que a lei é ambígua e portanto consideram que as sanções são inaplicáveis. “Só com o desenvolvimento da norma se poderá estabelecer a lei como tal”, disse Alberto Couttlolenc, deputado do Partido Verde e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Distrito Federal. Em particular, Couttlolenc criticou que a lei não especifica o que é “biodegradável”.

Quanto à máfia do plástico mexicano, máfia é máfia e só estão interessados no lucro sem responsabilidade. mas quanto ao PV mexicano, é numa situação dessas em podemos ver a verdadeira face do político traiçoeiro, que se filia e se elege por um partido claramente comprometico com o ambiente e fazem de tudo menos proteger o planeta. Tomara que esses políticos do PV mexicano tenham a resposta da traição nas urnas.

O deputado assinalou que a secretaria do Meio Ambiente deveria definir elementos como quais tecnologias de biodegradação serão aceitáveis, como será a fiscalização para a aplicação das sanções e como os consumidores poderão identificar as novas sacolas.

Diante das “ambiguidades” da norma, Couttlolenc liderou esta semana uma revisão da lei que propõe várias modificações, entre elas a que não se cobre pelas sacolas “para não prejudicar as famílias mexicanas”‘, e que se exija que as sacolas sejam biodegradáveis em prazo máximo de dez anos. Mas estas mudanças dependem de uma nova votação na assembleia e enquanto isso não ocorre a lei entrará em vigor tal como foi aprovada um ano atrás.

“Como se irá punir o comerciante que siga oferecendo sacolas? Quem será punido com 36 horas de prisão, o caixa, o diretor?”, pergunta o deputado verde. Na corrida contra o tempo, deputados pedirão ao governo que temporariamente permita que a Lei de Resíduos Sólidos entre em operação sem que se aplique as punições que a norma estabelece. “O problema no México é que 90% das sacolas são reutilizadas como saco de lixo e são recheadas com produtos orgânicos”, disse Couttlolenc. “Então as sacolas geram gás metano, que é 60% mais prejudicial ao ambiente que o CO2.”

Uma mudança de hábitos no uso das sacolas plásticas entre as mais de 20 milhões de pessoas que habitam a região da Cidade do México e municípios próximos sem dúvida teria um efeito positivo para o meio ambiente da capital. De fato, um estudo recente da TNS Research International revela que os habitantes do Distrito Federal estão mais conscientes e preocupados com o meio ambiente do que o restante dos mexicanos. Imprecisões e ambiguidades à parte, parece que o público da capital está disposto a assumir o desafio ecológico.

Sim, o banimento da sacola plástica de uso único significará o aumento da vida útil dos aterros e lixões em 10%, diminuirá as enchentes decorrentes de bueiros entupidos com sacolas, diminuirá o custo do governo com a limpeza pública, enfim, banir a sacola plástica de uso único só tem o lado positivo, de negativo mesmo só o egoísmo de todos que querem que o mundo melhorem mas desde que eles mesmos não tenham que mudar para melhorar. Em qualquer pesquisa todos se dizem preocupados com a poluição, mas peça a esses mesmos para reciclarem, usarem menos recursos naturais, usarem sacolas retornáveis. Daí é só desculpa em cima de desculpa. É por isso a importância das leis, das multas altas e sim, de enjaular os que não cumprem a lei em último caso, porque a humanidade é incapaz de mudar seus hábitos por vontade própria.

Quanto às sacolas biodegradáveis, esperamos que eles estejam se referindo às sacolas oxibiodegradáveis, que em 18 meses terão se reintegrado ao ambiente, restando apenas água, biomassa e uma pequena quantidade de CO2.

Quanto às sacolas de cana e de amido, as sacolas de comida, essas devem ser proibidas imediatamente em qualquer lugar do planeta, em nome da segurança alimentar mundial, pois com mais de um bilhão de pessoas passando fome e sede e os bandidos inventam sacolas em que se usa solo fértil e água potável para plantar comida e pasmem, transformar esta comida em sacolas que serão utilizadas por no máximo meia hora.

Comida é para alimentar a humanidade e NUNCA, JAMAIS, para fazer sacola plástica!

Mude o mundo, use sacola retornável!

Fonte – Revista Veja de 18 de agosto de 2010

Imagem – Getty

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