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Europa expulsa basf. Para onde eles vão?

Basf desiste de transgênicos na Europa

Notícia representa uma vitória de todo o movimento anti-transgênicos na Europa e da forte resistência manifesta por consumidores e produtores

A Basf, multinacional do setor químico com sede na Alemanha, anunciou esta semana a decisão de abandonar o mercado europeu de sementes transgênicas. Segundo um comunicado divulgado pela empresa, a decisão é devida ao fato de que “ainda existe uma falta de aceitação à tecnologia em muitas partes da Europa – por parte da maioria dos consumidores, agricultores e políticos”. A empresa irá concentrar seus esforços em “mercados mais atrativos para a biotecnologia de plantas na América do Norte, na América do Sul e nos mercados em crescimento na Ásia”.

A Basf é detentora da patente de uma das duas únicas variedades transgênicas aprovadas para cultivo na Europa: a batata transgênica Amflora, destinada à produção de amido para uso industrial. A produção de plantas alimentícias transgênicas para uso industrial é fortemente criticada em função do risco de contaminação de lavouras destinadas à alimentação. Desde que foi autorizada há dois anos, a Amflora foi cultivada em apenas algumas dezenas de hectares e já envolveu um escândalo em 2010, quando um campo experimental da própria empresa, na Suécia, foi contaminado por uma outra variedade de batata transgênica não autorizada, chamada Amadea. Um porta-voz da empresa declarou à AFP que, desde o episódio sueco, o cultivo da Amflora se limitou a uma parcela de dois hectares na Alemanha e que as vendas em 2011 foram “praticamente nulas” (UOL, 16/1/12).

Com a saída da Europa, a Basf interromperá a comercialização e o desenvolvimento de todos os produtos transgênicos destinados ao mercado Europeu, incluindo as batatas transgênicas para a produção de amido industrial (Amflora, Amadea e Modena), uma batata resistente a uma doença conhecida como requeima e uma variedade de trigo resistente a doença fúngica. A empresa apenas dará continuidade aos pedidos de autorização comercial que já estão em curso.

Fonte – Redação da EcoAgência com informações da AS-PTA de 20 de janeiro de 2011

Imagem – BUND_Esslingen

Vamos analisar os argumentos da basf para entender o que aconteceu.

Ainda existe uma falta de aceitação à tecnologia em muitas partes da Europa, por parte da maioria dos consumidores, agricultores e políticos – europeus não são massa, não são povão, são sim cidadãos que entenderam desde o começo da era dos transgênicos o perigo que esta tecnologia representava para a toda a vida no planeta e desde então vem travando uma guerra contra basf, syngenta, bayer, monsanto … e agora, finalmente, conseguiram mais uma vitória, talvez a mais relevante de todas, já que conseguiram expulsar uma megacorporação do mal de suas terras. Eles lideraram a rotulagem, eles proibiram vários países de plantarem transgênicos, eles fizeram passeatas, convenceram políticos, queimaram plantações clandestinas quando o governo se absteve de cumprir seu papel, eles convenceram supermercadistas, eles foram cidadãos e por isso merecem esta vitória, que culminou com a expulsão dos produtores de veneno de seu continente.

A empresa irá concentrar seus esforços em mercados mais atrativos para a biotecnologia de plantas na América do Norte, na América do Sul e nos mercados em crescimento na Ásia – vejamos, americanos comem o que vier pela frente, querem comer e estão comendo o mundo, com sua comida supersize, quanto mais, melhor. São basicamente brasileiros com mais dinheiro, só isso. Eles não tem exatamente uma consciência ambiental ou de qualquer coisa e por isso estão pouco se lixando se comem transgênico, não tem idéia do que seja orgânico … e por aí vai.

Ásia – os grandes países asiáticos estão tendo pela primeira vez chance de comer e por isso não se preocupam com qualidade, mas sim. China, Índia, Rússia, Japão e os tigres asiáticos concentram a maioria da população do planeta e precisam comer, não importa o que. Imagine o potencial de crescimento do faturamento das empresas de transgenia nestes locais? Lembrem-se, primeiro vem o pão, depois o sonho.

Cucarachas e macaquitos, traduzindo, brasileiros e américa latina – geralmente governos corruptos, população ignorante e sem engajamento, preocupada com seus próprios umbigos, isto é, se eu estiver bem, o resto pouco importa. É o paraíso das megacorporações do mal.

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