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Na Inglaterra, uso de sacolas plásticas cai 43% em 4 anos

Nós ainda estamos engatinhando nesse tema, mas nos supermercados da Inglaterra, nos últimos quatro anos, o uso de sacolas plásticas caiu 43%, segundo matéria de hoje do jornal inglês “The Guardian”. Nesse período, a quantidade de matéria-prima usada para a fabricação dessas bolsas foi reduzida em 39.700 toneladas por ano.

Em entrevista ao jornalista Mark King, um porta-voz da rede varejista Marks & Spencer diz que eles começaram a cobrar pela sacola plástica, que leva 100 anos para se decompor na natureza, em maio de 2008. Além da cobrança, eles incentivam o uso de bolsas que podem ser utilizadas várias vezes. E os números mostram que as novas práticas adotadas pela rede valeram a pena: de 2006 para cá, o uso de sacolas plásticas caiu 64%.

Para conseguirmos bons resultados como esse, é preciso mudar de atitude. Ainda dá tempo! Consumidores que estão preocupados com a preservação do meio ambiente devem deixar o plástico de lado e passar a usar bolsas de tecido, que podem ser encontradas em lojas e supermercados da cidade.

Fonte – O Globo de 25 de agosto de 2010

Solução óbvia, mas que não vem sendo adotada no Brasil pelo varejista por medo de perder o cliente e quando existe lei, ela não bane de vez a sacola ou obriga a cobrar por ela porque o político tem medo de perder voto com uma lei impopular.

Vamos dizer o que funciona de verdade para acabar com as malditas sacolas plásticas de uso único.

Dar desconto para quem levar sua própria sacola. Tem sido adotado o desconto de R$ 0,03 a cada 5 itens. Funciona mal e porcamente, pois as pessoas não dão valor a centavos.

Trocar por um quilo de alimento a cada 50 sacolas devolvidas. Funciona pior ainda, primeiro porque as pessoas tem preguiça de armazenar e levar as sacolas de volta e segundo porque o supermercadista não quer trocar lixo – para o supermercadista é lixo pois ninguém recicla sacola plástica de uso único – por comida de jeito nenhum.

Cobrar pela sacola, de preferência 10 vezes mais do que seu preço de compra. Isto é, uma sacola custa para o supermercado R$ 0,03, então que se cobre R$ 0,30 a sacola, porque se cobrar seu valor de custo, as pessoas comprarão e continuarão a usar, porque o valor é muito baixo. Agora, se cobrar R$ 0,30 por cada sacola, a situação muda, as pessoas levarão suas sacolas retornáveis, carrinhos de feira, mochilas, pedirão caixas de papelão usadas. Essa estratégia funciona muitíssimo bem.

Fazer lei para banir as sacolas plásticas de uso único no varejo. Esta é a melhor solução, mas tem que ser um político mais preocupado com a humanidade e o planeta do que com sua popularidade, apesar de que inicialmente as pessoas reclamam mas, passado um mês todos já se acostumaram e passam a ver com bons olhos a lei. É o caso do prefeito de São Paulo, Kassab, que acabou com a poluição visual ordenando a retirada dos outdoors que emporcalhavam a cidade e regulamentou o tamanho dos letreiros das lojas e por isso foi vaiado, xingado, coitado. Mas, hoje, qualquer morador ou visitante de São Paulo percebe claramente como a cidade ficou mais bonita, mais limpa e elogia a coragem do prefeito em fazer o que é certo.

É isso, para banir para o quinto dos infernos essa invenção diabólica que é a sacola plástica de uso único tem que ser através de lei, senão cada coisa irá funcionar mais ou menos, e elas continuarão a causar enchentes, entupir bueiros, contaminar rios e mares, diminuindo a vida útil dos lixões e aterros em 10%, matando animais e deixando um planeta pior para todos nós.

Mude o mundo, mudando seus hábitos. Use sacola retornável.

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