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Sobreembalagens e plásticos shrink e stretch ou plásticos encolhíveis e esticáveis

Qual a importância e o problema causado pela sobreembalagem?

Hoje, tudo vem com sobre embalagem, seja para proteção ou por marketing, mas isso gera muitos problemas, pois tem aumentado muito o resíduo gerado por estas sobre embalagens que raramente são recicladas.

Vamos aos dados.

Cada brasileiro gera em média 1 quilo de lixo por dia, entre potencialmente reciclável, potencialmente compostável e rejeito. De 50 a 60% desse lixo – dependendo da região – é composto de orgânicos – restos de comida, cascas, folhas de legumes, frutas e verduras – e que deveriam ser compostados, isto é, transformados em adubo orgânico para recuperar a produtividade do solo. Aproximadamente 40% é composto por material potencialmente reciclável – vidro, papel, metal, plástico … – e que deveria voltar à cadeia produtiva evitando retirar novos recursos naturais do planeta e ainda gerar renda para os catadores e de 3 a 5% de rejeito, isto é, o que não pode ser reciclado ou compostado.

O plástico corresponde a 20% de todo o resíduo pós consumo gerado diariamente no país. Metade disso, isto é, 10% de todo o lixo gerado diariamente é composto por sacolas plásticas de uso único e por isso lutamos ferrenhamente desde 2004 para banir estas sacolas inúteis que ficam 500 anos poluindo o planeta e que passam de 30 bilhões todos os anos, Sim, são usadas por meia hora e descartadas mais de trinta bilhões de sacolas plásticas de uso único no Brasil anualmente.

80% de todo o plástico é de uso único e normalmente tem como destino final os lixões e aterros e não volta para a cadeia de reciclagem.

O percentual de material potencialmente reciclável no lixo gerado diariamente passa de 40% mas, contudo, porém, entretanto, o Brasil recicla menos de 1% de todo o material que poderia ser reciclado.

Somente 6% das cidades brasileiras conta com coleta seletiva organizada pelas prefeituras e veja que existem mais de 5.500 cidades no país.

Apenas 13% das cidades conta com aterro controlado – note que estamos falando de aterro controlado e não aterro sanitário e que há uma grande diferença entre estes dois tipos – e o resto das cidades dispõe seu lixo – reciclável, compostável e rejeito – em lixões a céu aberto, em que muitas vezes o chorume gerado por este lixo ou que polui o lençol freático ou escorre para cursos de água.

Lendo os dados acima,  você acredita que os materiais abaixo voltarão para a cadeia de produção como material para a indústria?

Não? Nós também temos certeza que não. Ainda estamos em uma cultura que apenas retira do planeta os recursos naturais, usa-os e depois joga fora, longe das cidades, para que todos pensem que eles sumiram e depois, novamente, continuamos retirando esses recursos naturais do planeta.

Acontece que este planeta tem uma quantidade de materiais a serem explorados e depois acabou, isso é um sistema fechado, acabou, acabou, ainda não temos tecnologia para minerarmos outros planetas e a cada vez que exploramos esses recursos naturais e no pós consumo jogamos em um canto qualquer, estamos privando nossos descendentes de matéria prima para sua geração e ainda estamos usando terra fértil para acumular lixo e que depois não poderá ser recuperada para a agricultura ou para nada mais por causa da poluição causada pelos lixões.

Claro que o ideal é o conceito berço a berço e podemos usar como exemplo uma garrafa de vidro retornável que ou pode ser reutilizada – se for uma garrafa retornável – ou triturada e voltar a ser uma garrafa novamente eternamente, mas normalmente não é o que ocorre.

Então, até todos os municípios reciclarem 100% do material potencialmente reciclável, as fábricas acabarem com as sobreembalagens, a solução ideal é o plástico com ciclo de vida útil controlado, o plástico oxibiodegradável, que não muda o método de produção, que não causa desemprego mas à diferença do plástico convencional, que demora 500 anos para sumir da face do planeta, em aproximadamente 18 meses já terá se biodegradado, se transformado em biomassa, água e uma pequena quantidade de CO2.

Abaixo algumas imagens de sobreembalagens. Neste post estamos usando como exemplo os plásticos encolhíveis e esticáveis que são usados apenas para transportar as mercadorias entre a fábrica e os pontos de venda e depois jogados no planeta.

Veja que o leite está embalado em plástico esticável, depois dentro tem a caixa de papelão e depois vem a embalagem do leite.

Aqui, carteiras de escola, que já estão embaladas em papelão mas ainda assim, adicionaram o plástico esticável como sobreembalagem.

Com o arroz a mesma coisa, várias embalagens embaladas em uma sobreembalagem, chega ao supermercado a sobreembalagem é descartada.

Sim, até tijolo agora vem embalado em plástico. Absurdo!

Ainda nem abordamos as embalagens dos produtos, como por exemplo o plástico que envolve o papel higiênico e que deveria ser plástico com ciclo de vida útil controlado oxibiodegradável.

Plástico tem que ter uma vida útil menor, para aproximar a vida útil da embalagem ao ciclo de vida do produto contido na embalagem e a solução, que apoiamos desde 2005 é o plástico oxibiodegradável. Não apoiamos o plástico de comida, seja de cana ou de amido, pois terra é para plantar alimento para a humanidade e enquanto nossa matriz energética mundial for o petróleo, não há porque queimar nafta em refinaria e usar comida para fazer plástico. Quando necessário, use plástico oxibiodegradável, que usa o petróleo mais um aditivo que permite a biodegradação deste plástico em aproximadamente um ano e meio já terá se biodegradado, não poluindo o planeta.

Hoje existem mais de 300 fábricas que produzem plástico oxibiodegradável e qualquer plástico pode ser convertido em plástico oxibiodegradável, ou também conhecido como plástico com ciclo de vida útil controlado.

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