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Safflower: o novo nome do biodiesel

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Globo Rural

Uma planta ainda desconhecida de muita gente pode ser a solução para pequenos produtores agrícolas do mundo inteiro que tenham interesse em atuar na produção de biodiesel. Trata-se da safflower – uma flor – que segundo Nitin Shete, vice-presidente da Praj Bioenergy, empresa de consultoria que atua na área de bioenergia, é altamente eficiente na produção de óleo.

De acordo com o executivo, a grande promessa para o segmento era o pinhão-manso. Tanto que na época em que foi introduzido nas propriedades agrícolas, cerca de três anos atrás, acreditava-se que não precisaria de muita água, que não competiria com a produção de alimentos e que teria alta produtividade, além de baixos custos. “Mas o que se descobriu nos últimos anos é que se trata de uma planta que demora a produzir – apenas no terceiro ano de vida –, necessita de irrigação e somente é adaptável ao clima quente.

Já a safflower, atualmente usada em larga escala pelas indústrias de tintas e de lubrificantes, tem alta tolerância a diferentes temperaturas, produz em dois ciclos por ano e tem alta produtividade no campo, gerando até 2,75 mil toneladas de óleo por hectare.

A notícia dada durante o 4.o Congresso Internacional de Biodiesel realizado em São Paulo pode ser um alento aos pequenos produtores brasileiros que amargam o fato de o pinhão-manso não ter deslanchado conforme o previsto na data de criação do Plano Nacional de Agroenergia, em 2005. Para se ter idéia, junto com outras plantas – girassol, mamona, palma, amendoim – o pinhão-manso responde por apenas 1% da produção nacional de biodiesel.

As dificuldades no manejo da cultura se apresentam como o principal motivo do fracasso da planta no segmento. “Precisamos de recursos para pesquisa e desenvolvimento e para o custeio da plantação”, diz Mike Lu, presidente da empresa Curcas Diesel.

A soja continua sendo a principal matéria-prima usada na produção de biodiesel, com 75% do mercado, seguida pelo sebo bovino, que já responde por 22% no mercado nacional, graças a iniciativas como a dos frigoríficos Bertin e Friboi. Nos Estados Unidos se encontra o maior produtor do mundo, a empresa Tyson Foods, que produz 1 bilhão de quilos de gordura animal por ano, hoje destinado à fabricação de biodiesel.

Necessitamos de plantas que cresçam em terreno árido e que supram a necessidade de combustível, para que não usemos terrenos férteis que devem ser utilizados para plantio de comida para alimentar a humanidade e que não devem ser utilizados para plantar combustível.

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